‘Só vai estar tudo bem quando eu f#der esse Moro’, diz Lula ao relembrar prisão; VÍDEO

Publicado por: Felipe Nunes em

Em entrevista ao blog esquerdista Brasil 247, nesta terça-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, quando estava preso em Curitiba, dizia a autoridades que o visitavam na cadeia, a exemplos de procuradores e delegados, que tudo só ficaria bem quando ele “fodesse” o Sérgio Moro, então juiz da Lava-Jato.

“Só vai ficar bem quando eu foder com o Moro”, afirmou o presidente ao ser questionado sobre os 581 dias em que esteve preso na Polícia Federal, em Curitiba. O presidente foi condenado e preso por sentença assinada pelo então juiz Sergio Moro (União Brasil), hoje senador pelo Paraná.

De acordo com a decisão, o petista foi acusado de se beneficiar de desvios de recursos na Petrobras. A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região, que ampliou a pena de 12 anos e 11 meses para 17 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A decisão acabou anulada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente e Moro parcial ao julgar Lula. O ex-juiz Sérgio Moro assumiu o mandato como senador e já prometeu fazer oposição ao governo do petista.

Na entrevista, o presidente disse, sem apresentar provas, que a Lava Jato foi orquestrada pelo Ministério Público junto com autoridades do governo dos Estados Unidos para atacar as empreiteiras brasileiras.

Acusações contra Lula e condenação

Lula passou 580 dias preso e respondeu a 20 ações. Em três delas foi absolvido. Outros 16 casos foram interrompidos por questões processuais ou reviravoltas que levaram ao arquivamento das ações.

Segundo a sentença da 13ª Vara Federal de Curitiba, o ex-presidente teria participado do esquema criminoso deflagrado pela Operação Lava Jato, inclusive tendo ciência de que os diretores da Petrobras utilizavam seus cargos para recebimento de vantagens indevidas em favor de partidos e de agentes políticos.

Como parte de acertos de propinas destinadas ao Partido dos Trabalhadores (PT) em contratos da estatal, os Grupos Odebrecht e OAS teriam pagado vantagem indevida à Lula na forma de custeio de reformas no Sítio de Atibaia utilizado por ele e por sua família.

De acordo com os autos, em seis contratos da petrolífera, três firmados com o Grupo Odebrecht e outros três com o OAS, teriam ocorrido acertos de corrupção que também beneficiaram o ex-presidente.

Parte dos valores acertados nos contratos teria sido destinada a agentes da Petrobras e parte a “caixas gerais de propinas” mantidas entre os grupos empresariais e membros do PT. Além disso, outra parte das propinas foi utilizada nas reformas do Sítio de Atibaia.

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