A Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) do Ministério da Cidadania abriu nesta terça-feira (21), 6.337 novas vagas em 203 comunidades terapêuticas pelo país, em um investimento de R$ 90 milhões por ano, incluindo a Paraíba.
Na ocasião, uma paraibana recebeu uma medalha das mãos do ministro João Roma por ter se tornado empresária após vencer o vício em drogas ilícitas. O anúncio foi feito em solenidade em Brasília, que ainda contou ainda com a assinatura de portarias que liberam a doação de imóveis apreendidos a entidades da sociedade civil.
“Precisamos reconhecer e cada vez mais destacar as comunidades terapêuticas, que tem um trabalho brilhante em salvar vidas, mudando de fato o destino de muitas pessoas e suas famílias, oferecendo ao cidadão a possibilidade de transformação social”, afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, acompanhou a cerimônia. As comunidades terapêuticas foram selecionadas por meio do Edital nº 17/2019, para serviços de acolhimento a dependentes químicos em regime residencial transitório e de caráter exclusivamente voluntário e gratuito.
Entrega da medalha
A paraibana Márcia Silva dos Santos foi acolhida na comunidade terapêutica Missão Resgate. Ela recebeu medalha do projeto Campeões da Vida, do Ministério da Cidadania, durante a cerimônia. A iniciativa une duas vertentes da pasta, o esporte e o combate às drogas.
Convidada a dar seu depoimento na cerimônia, ela contou que ao terminar o tratamento, fez o curso Mais Empreendedor, do Ministério da Cidadania, e abriu seu próprio restaurante. Há dez anos ela não usa mais drogas e, recentemente, encontrou o suporte no programa governamental para abrir o próprio negócio.
“Eu sou um milagre. Gostaria de dizer a todos que trabalham na área de assistência social que vale a pena todo o investimento, pois é muito importante encontrar pessoas que acreditam em você quando você está no fundo do poço e não consegue mais sair”, relatou.
A empresária contou que viveu dos 14 aos 22 anos na rua e que perdeu tudo, até ter sido vista pela Missão Resgate. “Na Missão Resgate me enxergaram, quando ninguém me enxergava. E mesmo depois do tratamento, os olhos da sociedade ainda te acusam, te julgam, por isso, é muito difícil a ressocialização. Então, quero agradecer a cada um que trabalha para que a gente consiga construir nossa vida novamente”, completou emocionada.
Agenda Política com informações do Ministério da Cidadania