Javier Milei enfrenta primeira crise do seu governo com greve geral na Argentina

Publicado por: A redação em

Javier Milei, vencedor das eleições primárias na Argentina / Foto: Tomas Cuesta/Getty Images

O presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta nesta quarta-feira (24) a primeira crise de seu novo governo. Uma greve liderada pelas principais centrais sindicais do país está mobilizando trabalhadores por todo o país. 

A greve foi convocada pela Central Geral do Trabalho, união sindical tradicional do país e com vínculos com o peronismo, mas também conta com o apoio da Central dos Trabalhadores da Argentina e outros sindicados e movimentos sociais menores.  

A greve teve início às 12h no horário argentino e tem previsão para se estender até às 00h do horário local. Os manifestantes se concentraram em diferentes pontos do país es estão marchando até o Congresso Nacional para apoiarem parlamentares que votarão contra o megadecreto anunciado pelo presidente em dezembro. 

O megadecreto de Milei visa diminuir as regulamentações trabalhistas que existem na Argentina pondo fim a uma série de leis aprovadas pelo legislativo do país sul-americano. 

O governo tenta desestimular a adesão popular à greve. O ministro argentino da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, afirmou que pretende entrar com ações judiciais contra os organizadores da greve. Já o ministério da Segurança, liderado pela ex-candidata presidencial Patricia Bullrich, criou um número de denúncias. 

“Sabendo da existência de extorsões, ameaças e pressões a trabalhadores para que no dia 24 de janeiro se somem à greve contra sua vontade, pelo perigo de perder seu trabalho ou ajuda social que recebem, habilitamos a linha 134 para denúncias”, anunciou o ministério, após supostas tentativas de coação para que empresários, comerciantes e trabalhadores participem da greve. 

Sindicalistas ironizaram a iniciativa, dizendo que utilizarão a linha para denunciar a ameaça que sofrem do governo de serem processados. 

A administração de Javier Milei anunciou, ainda, que descontará o dia não trabalhado dos funcionários públicos que aderirem à paralisação. 

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