A imprensa brasileira noticia, nesta terça-feira (28), que um estudo conduzido pelos institutos de Imunologia e de Medicina da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, avalia a eficácia da Cloroquina no tratamento contra a variante Ômicron da Covid-19.
Os primeiros indícios apontam que, embora seja muito transmissível, a Ômicron não aumenta o número de mortes. Alguns estudiosos acreditam que mutações poderiam ter tornado o coronavírus mais fraco.
Em relação à cloroquina, a base para a pesquisa está no caminho inédito que essa cepa escolhe para entrar nas células humanas, que é o mesmo em que ocorre a entrada do medicamento. De acordo com o ‘Valor Econômico’, “A cloroquina age tornando o ambiente celular menos ácido – o que amenizaria a penetração do vírus”.
No Brasil, a cloroquina foi defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o chamado ‘tratamento precoce’ da Covid-19, mas o Governo Federal foi criticado por supostamente ignorar estudos que apontam a ineficácia do medicamento.
Trocando em miúdos: os indícios são favoráveis, mas é preciso aguardar a conclusão dos estudos sobre a eficácia da cloroquina contra a nova variante.
O que não se pode é interditar o debate, nem a discussão científica em nome da disputa política, como ocorreu no Brasil, afinal, a ciência se constrói com base na discussão de novas possibilidades e ideias.
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