O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, tem mantido o silêncio sobre o início dos debates, no Partido dos Trabalhadores (PT), para a sucessão municipal em João Pessoa. A sigla tem se dividido em duas correntes: uma que defende a tese de candidatura própria na disputa de 2024, enquanto outra não descarta possível aliança com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).
Ex-prefeito de João Pessoa por dois mandatos, o ex-governador tentou eleger-se como gestor da Capital pela terceira vez, nas eleições de 2020, quando estava filiado ao PSB, em meio às investigações tocadas pela Operação Calvário, mas acabou em 6º lugar na disputa. Na época, Coutinho recebeu o apoio da Executiva Nacional do PT, mas no âmbito municipal o partido lançou Anísio Maia como candidato.
Em relação a 2024, o PT vive uma situação semelhante de disputa interna. Uma ala do partido, liderada pelo presidente municipal da legenda, Antônio Barbosa, que é ligado a Ricardo Coutinho, defende a tese de candidatura própria. Do outro lado, a ala estadual, liderada pelo presidente Jackson Macedo, afirma que a tese de composição com o atual prefeito, Cícero Lucena, não pode ser descartada.
No último fim de semana, o partido se dividiu em dois grandes eventos, em que seus integrantes defenderam teses distintas para as eleições do ano que vem. Alguns integrantes da sigla negam que haja uma divisão interna, já que o partido historicamente foi composto de correntes e tendências que divergem entre si. Mas, a postura das lideranças do partido, em âmbito local, com declarações incisivas, indicam para uma divergência partidária maior, no tocante às eleições municipais.
O ex-governador Ricardo Coutinho foi questionado pelo autor do blog por pelo menos duas vezes, sobre as eleições de 2024, mas as perguntas não foram respondidas. Nas redes sociais, o petista tem feito comentários sobre temas de repercussão nacional, sem espaço, por enquanto, para o debate político local.
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