Quando a oposição vai perceber que a campanha em João Pessoa está gelada? – Por Anderson Costa

Publicado por: A redação em

Foto: Marcelo Júnior;/Agenda Política

Foto: Marcelo Júnior;/Agenda Política

As eleições municipais de João Pessoa neste ano de 2024 parecem ainda não ter começado, ao menos do ponto de vista da disputa majoritária. Se vereadores estão aí pelas ruas suando sangue em busca dos votos necessários para se manterem na Casa de Napoleão Laureano e há um verdadeiro exército de candidatos nas ruas tentando tomar suas cadeiras no legislativo municipal, parece que os opositores do prefeito Cícero Lucena seguem ainda numa rotação muito baixa.

Para o gestor o processo eleitoral está perfeito, enquanto os adversários parecem ainda sonolentos ele segue gozando da vantagem de ser a figura com a caneta na mão e vai ampliando sua preferência junto ao eleitorado na cidade, tanto que hoje já se cogita que sequer teremos segundo turno na Capital.

Diante deste cenário que se consegue ouvir de voz uníssona que a disputa em na cidade está sendo um fiasco. Que já não há nenhum tipo de clamor dentre a população em torno das figuras que disputam o direito de governar a principal cidade da Paraíba ao longo dos próximos quatro anos.

Nesta perspectiva de desinteresse popular que temos de cobrar a oposição, pois caberia aos três nomes que se apresentaram como projetos distintos ao que vem sendo tocado por Cícero tocar nas feridas, fazer a algazarra necessária, gerar sentimentos de amor e ódio entre os eleitores para que no dia 6 de outubro tivessem chance de vencer. Mas o que estamos vendo em nossa cidade são candidaturas na rua que não arrastam.

Não podemos negar que Ruy, Luciano e Marcelo estão indo às ruas e tentando se apresentarem, mas o que vemos são ações fracas e que não estão mobilizando apoiadores. É fácil vermos bandeiras sendo balançadas em sinais sem que gere nenhum tipo de clamor, candidatos caminham por espaços públicos sem que multidões os sigam.

Com a campanha no ritmo atual que ela segue na Capital, essa oposição que sequer consegue ferver uma água no caldeirão da política, no máximo amorná-la. Deixando Cícero em um caminho de esforço mínimo para fixar sua imagem junto ao eleitorado da cidade. Visto que além da própria máquina pública controlada por ele, ainda possui fortes aliados como o governador João Azevêdo, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro e a senadora Daniella Ribeiro. Hoje é difícil não acreditar nas pesquisas que indicam uma reeleição na Capital em primeiro turno, o que se tem mostrado pouco crível são os planos dos opositores de que será possível uma reversão no cenário e a vitória de algum deles nas urnas.

Se os opositores pessoenses desejam destronarem Cícero e tirar do seu peito a faixa de prefeito da Capital em que o sol nasce primeiro, será necessária uma movimentação extremamente ágil e assertiva, uma verdadeira guerra relâmpago. Mas, há nas bases dos três principais candidatos que disputam com o gestor a caneta que guiará os destinos dos pessoenses ao longo dos próximos quatro anos a capacidade estratégica de concatenar um caminho para a vitória nestes meno de 30 dias restantes?

Marcelo Queiroga já definiu que sua grande cartada para o fim do primeiro turno será trazer Bolsonaro a João Pessoa. O ex-presidente da República participará de ato público na cidade ao lado do seu ex-ministro da Saúde e a expectativa dos dois é que esta presença física na cidade garanta ao cardiologista a fogueira necessária para aquecer sua campanha e atrair o eleitorado rumo ao seu nome. Quais serão as armas que Luciano Cartaxo e Ruy Carneiro reservam para o mesmo período, serão estas armas capazes de encerrarem o inverno nuclear que atingiu a campanha oposicionista na cidade?

Share

Você pode gostar...