PSDB, Romero e uma metáfora: ‘depois que a pasta de dentes sai do dentifrício, dificilmente ela volta pra dentro’

Publicado por: Felipe Nunes em

O clima de expectativas em torno da provável desistência do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), em disputar o Governo da Paraíba em 2022, contrariando aliança com o PSDB, pode ser traduzido com a utilização de algumas metáforas que representam o fim de um ciclo.

Diante das últimas movimentações nos bastidores da política paraibana, é correto dizer que a relação entre os dois grupos é como uma aliança de casamento prestes a ser quebrada, ou a uma semente que vai morrer antes de germinar e gerar os frutos antes pretendidos por seus semeadores.

Mas, as declarações públicas de alguns atores dessa cena de suspense nos levam a crer que para esta aliança não há mais remendo. Não há mais volta.

A situação lembra uma frase utilizada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em pelo menos duas ocasiões do seu primeiro mandato, para dizer que uma situação não tinha mais jeito: ‘depois que a pasta de dentes sai do dentifrício (sic), dificilmente ela volta pra dentro do dentifrício’. Ao citar o tal ‘dentifrício’, Dilma queria se referir ao tubo no qual está inserido a pasta de dente.

No caso da relação do PSDB com Romero, a situação é semelhante. Ontem, o deputado Ruy Carneiro afirmou que seu palanque ‘jamais será o da Operação Calvário’. A deputada Camila Toscano disse que seguirá ‘mantendo a coerência e a decência’, dando o tom de quem já não acredita na manutenção da aliança com Romero. Ambos estiveram na reunião dos tucanos com o ex-prefeito, que pretende comunicar oficialmente sua decisão até a próxima sexta-feira (29).

Traduzindo para a linguagem da ex-presidente Dilma Rousseff, aparentemente a pasta de dentes já saiu do dentifrício (tubo) de uma vez, e dificilmente voltará para dentro dele. A solução, nesse caso, seria ‘fazer um esforço político para que essa pasta de dente não fique solta por aí e volte pelo menos uma parte para dentro do dentifrício (tubo)’. Será possível?

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