Os desafios da direita paraibana na busca pela sonhada ‘unidade’

Publicado por: Felipe Nunes em

Enquanto a base do governador João Azevêdo (Cidadania) se divide, em meio à disputa pela vaga ao Senado na chapa majoritária e ao rompimento de Veneziano Vital (MDB) – que assumiu a pré-candidatura ao Governo do Estado -, membros da direita paraibana tentam afinar o discurso em busca de unidade política.

Na última semana, pelo menos duas movimentações ocorreram no sentido de uma maior coesão. Mas há entraves no meio do caminho que dificultam a concretização da tão sonhada unidade. O primeiro ato partiu do deputado estadual Cabo Gilberto, que abdicou da disputa ao Palácio da Redenção para aderir à postulação do apresentador Nilvan Ferreira (PTB).

O parlamentar, que é líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), vai concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PL. Em encontro com Nilvan Ferreira, na última sexta (18), reforçou que a decisão em apoiar o colega tem um propósito. “Vamos mudar os destinos do nosso estado como nunca”, prometeu.

O movimento ocorreu depois que o partido do presidente Jair Bolsonaro, abraçou a pré-candidatura de Nilvan.

Outro que defendeu a unidade das oposições foi o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), da centro-direita. Ao anunciar apoio ao pré-candidato ao Senado Bruno Roberto (PL), ele apontou, porém, um caminho diferente para a união: a pré-candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) ao Governo do Estado. “Esse é um gesto de unificação”, disse.

Como fica claro, em um ponto, todos concordam: a busca pela unidade. Mas o grupo não ainda sabe quem pode representar a união de todos no mesmo barco. Embora juntos pelo sentimento de oposição, nem Nilvan, nem Pedro dão sinais de que podem recuar de suas pretensões eleitorais.

Por fim, mais um desafio surge no meio do caminho: assim como no campo governista, a direita também está dividida na busca pelo nome que vai representar os conservadores no Senado. De um lado, Bruno Roberto, do outro, o pastor Sérgio Queiroz (sem partido). Cada qual com suas razões legítimas.

Por enquanto, a unidade da direita (e da centro-direita) é um sonho. Uma oportunidade, talvez, que possa ser perdida se as futuras decisões forem baseadas em estratégias individuais e não em interesses do grupo (ou do público).

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