Bueno não comparece à conciliação, mas envia advogado; membro do MP considera audiência ‘infrutífera’

Publicado por: Felipe Nunes em

O proprietário da Fiji Solutions, Bueno Aires, faltou a uma audiência de conciliação marcada pela Justiça, que estava prevista para a manhã desta quinta-feira (20), mas enviou um representante legal para representá-lo. Houve também a participação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Como já noticiado pelo blog, os clientes da empresa se consideram lesados por não receberem pagamentos relativos ao aluguem de criptoativos.

De acordo com apuração do blog Agenda Política, ouvindo um membro do MP, a audiência foi considerada “infrutífera”, com a ausência do proprietário, apesar da presença de advogado de Bueno. Agora, a Ação Civil Pública seguirá seu trâmite processual normal.

O que diz a defesa

Por meio de nota, a defesa de Bueno informou, no fim da noite desta quinta-feira (20), que “apesar de o cliente ter sido intimado apenas na véspera do ato judicial, houve o comparecimento de representante legal do Senhor Bueno” e que, “na ocasião, foi manifestado o interesse” dele em cooperar com a resolução da demanda judicial”.

Ainda segundo a defesa, “foi manifestado o interesse de Bueno em cooperar com a resolução da demanda judicial, sendo reiterado o compromisso de resolução para o problema técnico enfrentado pela empresa Fiji”.

No último dia 11 de abril, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), através da 2ª Vara Cível de Campina Grande, determinou o bloqueio de R$ 399 milhões em bens da empresa de três sócios, incluindo Bueno Aires, a pedido do MPPB, em ação assinada pelo promotor Sócrates Agra.

Com exceção do bloqueio de cartões de créditos, a Justiça também determinou a apreensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos sócios, o bloqueio do patrimônio da empresa e bens pessoais dos três sócios, incluindo imóveis, automóveis, aplicações e valores localizados em instituições financeiras.

Antes, no dia 04 de abril, a pedido da Polícia Federal, o juiz da 4ª Vara Federal de Campina Grande, Vinicius Costa Vidor, determinou a apreensão dos passaportes dos donos da empresa Fiji Solutions. Na decisão, o magistrado diz haver indícios de pirâmide financeira.

O CASO FIJI

A Fiji Solutions tem como fundadores Bueno Aires José Soares Souza, Emilene Marília Lima do Nascimento e Breno de Vasconcelos Azevedo, com sede em Campina Grande. A empresa trabalhava com locação de criptoativos e prometia pagamentos mensais fixos, assim como Braiscompany, outra empresa paraibana que também é alvo da Justiça.

Ainda no mês de março, a Fiji recebeu uma recomendação do MPPB para fazer os pagamentos aos clientes em até 72 horas, prazo que se esgotou no dia 20. As reclamações tiveram início no dia 10 do mês passado. Depois, a Fiji informou ao MP que iniciaria os pagamentos aos clientes o dia 23 do mesmo mês, previsão que também não se concretizou.

Agenda Política

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