Queiroga critica governadores e bate no Consórcio Nordeste: ‘cadê os respiradores?’; VÍDEO

Publicado por: Felipe Nunes em

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, criticou duramente o Consórcio Nordeste, nesta sexta-feira (29), pelas suspeitas de corrupção envolvendo a entidade que reúne os estados da região Nordeste. As declarações repercutiram durante um seminário da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), em Campina Grande.

Em discurso no evento sobre desafios relacionados à implementação de medidas no âmbito do saneamento rural e da saúde ambiental, Marcelo Queiroga questionou o Consórcio pela não entrega de respiradores adquiridos durante a pandemia da Covid-19.

Marcelo Queiroga lembrou que o Governo Federal distribuiu mais de 470 milhões de doses de vacinas para a Covid-19, quando fez questionamentos sobre o desempenho da entidade que representa estados da região Nordeste. “Disseram que iam comprar respiradores. Onde estão? Nas paredes dos fundos falsos em empresas que têm nome de erva”, disse.

Marcelo Queiroga esteve acompanhado do pré-candidato ao Senado, Bruno Roberto (PL) e do assessor especial da Presidência da República, Tércio Arnaud Tomaz. Na ocasião, o ministro também falou citou pautas de cunho conservador e, em tom político, disse: “Vencemos o vírus, vamos vencer os parasitas e os gafanhotos que insistem em usurpar os recursos públicos”, declarou.

Investigação

Na última terça-feira (26), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal deflagraram a Operação Cianose com o objetivo de aprofundar as investigações envolvendo fraude em contratação, desvio de recursos e lavagem de dinheiro na aquisição de respiradores pulmonares pelo Consórcio Nordeste, no valor de R$ 48.748.575,82.

Segundo os investigadores, os desvios promovidos pela empresa contratada e demais envolvidos deixou a população de nove Estados – que abrangem 1.793 municípios e quase 60 milhões de pessoas – carente de equipamentos imprescindíveis para a sobrevivência de pessoas acometidas da forma mais grave de Covid-19.

“Os brasileiros são livres para decidir o seu próprio destino, ao contrário de outros governantes que não cumprem com seu papel e querem impor à população o passaporte da discórdia para se eximir da sua responsabilidade, de cumprir as políticas públicas, um dever dos estados e dos municípios”, disse o ministro no discurso.

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