O senador eleito Efraim Filho (União), atual coordenador da bancada federal no Congresso Nacional, classificou como ‘gravíssima’ a denúncia protocolada pela campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre irregularidades na veiculação de inserções para a Presidência da República. Ele defendeu que a Polícia Federal (PF) entre no caso.
Em entrevista à Rádio Arapuan FM, nesta quarta-feira (26), o parlamentar também disse que é “grave” a exoneração do servidor da Justiça Eleitoral responsável por cobrar, internamente, maior fiscalização sobre a propaganda eleitoral veiculada em rádios do país.
Na avaliação de Efraim Filho, as irregularidades apontadas na denúncia podem “desequilibrar” as eleições marcadas para o próximo domingo (30). De acordo com ele, a Polícia Federal (PF), que já colheu o depoimento do servidor exonerado, é quem deve se aprofundar Nas investigações.
“Trata-se de uma denúncia gravíssima, uma situação com capacidade de influenciar no pleito, e naturalmente terá desdobramentos políticos, eleitorais e institucionais”, comentou ao ser questionado pelo autor do blog. Ele também não descartou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para acompanhar o caso. (OUÇA ABAIXO).
A denúncia
A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou uma denúncia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (24), afirmando que o ex-presidente Lula teve 154.085 inserções de rádio a mais do que o candidato do PL entre os dias 7 e 21 de outubro do segundo turno do pleito eleitoral, de acordo com uma auditoria na programação de emissoras de rádio de todo o país.
Somente na Paraíba, segundo o relatório entregue à Justiça Eleitoral, foram cerca de 730 inserções a menos veiculadas em desfavor de Jair Bolsonaro nas rádios do estado. O relatório foi apresentado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. Segundo ele, a distorção representa 18,24% a menos na quantidade de inserções.
Cada inserção que não foi divulgada tem 30 segundos de duração. Segundo a campanha de Bolsonaro, os materiais que deixaram de ser veiculadas correspondem a 1.283 horas de conteúdos não exibidos. De acordo com a equipe do chefe do Executivo, o Nordeste foi a região com o maior percentual de inserções não divulgadas: 29.160. A Bahia foi o estado mais afetado.
Ouça a entrevista a seguir
Agenda Política