A eleição de 2022 não será fácil e os movimentos do PT e do ex-presidente Lula são uma prova cabal disso. Com o objetivo de enfrentar o atual presidente, Jair Bolsonaro, e voltar ao Palácio do Planalto, o partido apertou o botão do esquecimento e deu início a tratativas com antigos adversários ou desafetos políticos, incluindo os emedebistas que votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Na Paraíba, a legenda deve firmar nos próximos dias uma aliança com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que na condição de deputado federal, votou favoravelmente ao processo de afastamento da ex-presidente, tendo sido chamado de “golpista” por lideranças do PT, mesmo sendo o processo constitucional, baseado em elementos jurídicos e políticos.
Passados 6 anos da saída de Rousseff do Poder, entretanto, a narrativa de que eram “golpistas” aqueles que se opunham ao PT, já não serve mais e foi jogada no ‘buraco da memória’, como diria Orwell. Agora, a legenda precisa de uma nova estratégia para voltar a ter perspectiva de poder ao enfrentar um adversário forte: Jair Bolsonaro.
Membros dos diretórios estadual e nacional do PT estiveram com o senador Veneziano, nesta quinta-feira (17), ocasião em que deram mais um passo na direção de uma aliança. “construindo um novo futuro para Paraiba e o Brasil”, escreveram nas redes sociais os participantes da reunião, incluindo o ex-governador Ricardo Coutinho. A eleição não será fácil e os movimentos do PT comprovam isso.
Agenda Política