A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação SELECT II, com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro decorrente dos crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais, em tese, cometidos por sócios e colaboradores de empresa especializada em criptoativos. Trata-se de desdobramento da Operação Halving, deflagrada em janeiro.
Policiais Federais cumpriram um Mandado de Busca e Apreensão, em município de São Paulo (SP). A operação ocorre em conjunto com o Ministério Público Federal.
De acordo com as investigações, nos últimos 4 anos, foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente 2 bilhões de reais em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos. Os investigados responderão pelos crimes previstos nos arts. 7º e 16 da Lei nº 7492/86, art. 1º da Lei nº 9.613/98 e art. 27-E da Lei nº 6.385/76.
O nome da operação é uma alusão à denominação do grupo de gerentes que mais captavam recursos para a empresa, entre as vítimas do esquema investigado.
Entenda a investigação
Os donos da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, seguem foragidos. No dia 24 de fevereiro, A Justiça Federal determinou, a pedido dos investigadores, as prisões preventivas dos dois. Ao acolher um pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz Vinícius Costa Vidor também determinou a inclusão do mandado em difusão vermelha da Interpol.
Há exatamente um mês, no dia 18 de abril, ocorreu a Operação Select I, quando foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal, nas cidades de Campina Grande, Assunção, na Paraíba e São Paulo (SP). Além dos proprietários, intermediários da empresa são alvos das investigações, suspeitos de atrair clientes que se tornaram vítimas da empresa.
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