O Partido dos Trabalhadores adotou uma estratégia cautelosa para as eleições de 2026 nos Estados, focando na reeleição do presidente Lula, maior bancada na Câmara dos Deputados e eleição de novos senadores no Nordeste, dentro da filosofia de construir candidaturas fortes para enfrentar nomes que estejam aliados ao bolsonarismo. Uma matéria da “Folha de São Paulo” revela que o PT, sob a liderança do novo presidente Edinho Silva, está procurando conter postulações com potencial para gerar conflitos e criar impasses e adiando para o próximo ano decisões sobre candidaturas próprias a governos estaduais e ao Senado. O primeiro passo para destravar negociações foi dado com a instalação, na última semana, do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), instância responsável por coordenar a estratégia nacional do partido para a disputa vindoura.
O grupo será comandado pelo deputado federal José Guimarães, do PT-CE, tenho como missão articular ações com três focos prioritários: reeleger Lula, ampliar as bancadas petistas na Câmara e no Senado e assegurar palanques estaduais fortes e antenados com os aliados políticos da legenda. A palavra de ordem é ampliar as negociações e baixar a fervura nos Estados, evitando movimentos bruscos que prejudiquem a campanha nacional. Edinho Silva foi enfático a esse respeito: “A prioridade é a reeleição do presidente Lula. Temos que construir candidaturas competitivas no campo democrático contra essa parcela da direita que se organiza no Brasil com uma definição ideológica inspirada no fascismo”. Ele disse que as estratégias serão tratadas conforme a realidade de cada Estado, com ênfase na escolha de nomes capazes de barrar candidatos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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