Cristal Quebrado: Bruno decide exonerar indicados do PP em Campina Grande; ouça entrevista

Publicado por: Felipe Nunes em

Foi numa entrevista exclusiva ao autor do blog, na Rádio Arapuan FM, que o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD) anunciou a exoneração de indicados ligados ao Progressistas da administração municipal. A decisão ocorre depois que o vice-prefeito da cidade, Lucas Ribeiro, confirmou que será candidato a vice-governador na chapa de João Azevêdo (PSB) no pleito deste ano.

De acordo com Bruno, apesar de manter o respeito institucional com o parceiro de administração, é impossível a manutenção da harmonia política com o Progressistas, já que a gestão campinense faz oposição ao governo estadual. “Por uma questão de coerência, mantenho minha posição, o Governo do Estado continua tendo um péssimo tratamento com Campina, pois excluiu a cidade de todos os investimentos”, comentou.

Ontem, em entrevista ao programa 60 minutos, o vice-prefeito já havia sinalizado que o os cargos estavam ‘à disposição’ do gestor municipal. Os cargos sempre estiveram à disposição dele, que é quem tem a caneta, e estamos tranquilos”, disse.

Cristal quebrado não cola jamais

A sinalização do prefeito é de que o “cristal foi quebrado” com o PP. O partido venceu a eleição de 2020, ao lado de Bruno, com tom de oposição ao Governo do Estado, mas a nova postura inviabiliza a manutenção da aliança. “Quem mudou foram eles, que decidiram se aliar a quem justamente persegue a cidade. Por uma questão de coerência e de correção, por entender que só devemos manter por perto quem é aliado, nossa posição é pelo afastamento das pessoas indicadas pelo PP”, reafirmou.

Consequências

Questionado se ainda espera uma conversa com os representantes do PP sobre as exonerações, Bruno disse que esse diálogo não é mais necessário, já que não aconteceu antes, como na visão dele deveria ter sido feito. “Fizeram suas escolhas e seguirão seus rumos. Como eu disse, é mais do que legítimo governar com os aliados, mas não há como pensar em ser aliado administrativo e adversário político”, argumentou.

Ouça a entrevista a seguir

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