Parlamentares paraibanos devem ocupar cargos estratégicos no Congresso Nacional durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com o início da nova legislatura, já é possível constar quais são os principais espaços a serem ocupados por deputados federais e senadores. Gestores também ocupam espaços em estatais do governo.
Na Câmara dos Deputados, um dos cargos mais cobiçados, o de vice-líder do governo, deve ser ocupado pelo deputado federal paraibano Damião Feliciano (PDT), que já teve uma primeira reunião com o presidente da República para tratar de discussões que serão debatidas no Congresso Nacional.
Quando delegados pelo líder, o vice pode se pronunciar a qualquer momento da sessão, por período proporcional ao número de membros de sua bancada. Informalmente, cabe ao vice-líder promover articulações com parlamentares sobre projetos governistas que tramitam no Congresso e que necessitam de aprovação.
Outra função importante deve ser desempenhada pelo deputado federal Hugo Motta, eleito líder do Republicanos, um dos maiores partidos da Câmara Federal, com 41 deputados federais. A legenda se define como “independente” em relação ao Governo Federal, sendo decisiva para a aprovação ou rejeição de matérias de interesse da gestão petista. Cortejado, Motta já participou de reuniões com ministros do governo Lula, embora não se coloque como um parlamentar da base.
Outro que terá papel decisivo é o deputado federal Gervásio Maia, escolhido como vice-líder do PSB. A legenda do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, tem uma bancada relativamente modesta, com 17 parlamentares, mas não menos importante no xadrez político de Brasília. Nesta condição, o parlamentar também deve ajudar na interlocução de pautas do Governo do Estado com a gestão federal.
Senado Federal
Já no Senado, a segunda função mais importante da Casa está nas mãos de um paraibano. O Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) foi reeleito, vice-Presidente da Casa, na quinta-feira (02) da semana passada. Cabe ao vice-presidente substituir o presidente nas sessões e representá-lo em missões oficiais do Congresso Nacional.
A eleição, considerada tranquila, foi comandada pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também foi reeleito na última quarta-feira (01), com maioria de 49 votos, dos 81 senadores que compõem o parlamento. Os dois continuarão no comando do Senado Federal nos próximos dois anos, ou seja, no biênio 2023-2024.
Numa função não menos destacada, o senador Efraim Filho foi eleito líder do União Brasil, a quarta maior bancada do Senado Federal, com 9 parlamentares. Ele vai liderar nomes como o do ex-juiz e senador Sérgio Moro, da ex-candidata à Presidência da República, Soraya Tronicke, além de Alan Rick, Davi Alcolumbre, e outros. Na última sexta (03), repercutiu nacionalmente primeira divergência pública do parlamentar e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), envolvendo a autonomia do Banco Central. O paraibano condenou, por meio de nota, a ideia aventada pelo presidente sobre revisar a autonomia da instituição.
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