O jornalista e cronista Stefano Wanderley compartilhou com o blog, neste sábado (10), o que considera ser “os 7 pecados de Tite”, que na visão dele prejudicaram o time brasileiro e levaram à eliminação da seleção no jogo contra a Croácia, nesta sexta-feira (09). Confira a seguir.
Por Stefano Wanderley
1 – O capitão
O capitão de uma equipe esportiva sempre tem de carregar consigo uma “bagagem” de liderança. E se lembrarmos do histórico de Tiago Silva, basta recordar 2014 quando durante a decisão de pênaltis contra o Chile, nas oitavas de final, ele, que era responsavel por estar com a braçadeira, ficou chorando de costas para o gol ao invés de estar incentivando os companheiros.
2 – Copa não é jogo festivo
Contra a partida diante da Coreia do Sul, nas oitavas, até o terceiro goleiro, Weverton, entrou em campo, substituindo Alisson, que não estava machucado nem nada. E em apenas quatro jogos, por incrível que pareça, todos os convocados de Tite para o Mundial já tinham entrado em campo, como se fosse um evento festivo. Já imaginaram se em 94, estivesse jogado a Copa os goleiros Zetti e Gilmar, para Taffarel “descansar” ou simplesmente para terem a oportunidade de apenas “estar dentro das quatro linhas”?
3 – A arte do improviso
Danilo era o lateral direiro titular e Daniel Alves, o reserva. A pergunta que a opinião pública fez foi: “Se o camisa 2 estava machucado nos outros confrontos, então qual foi o motivo que levou Tite a não utilizar o suplente, precisando improvisar Militão, que sequer é lateral”?
4 – A dancinha
Se vivos estivessem, gostaria muito de poder saber dos saudosos técnicos, Telê Santana, Vicente Feola, Cláudio Coutinho, Ênio Andrade, o que achariam de Tite, em pleno jogo de Copa do Mundo, participar da “dança do pombo” com os demais jogadores. Jornais de vários países ridicularizaram a atitude do comandante brasileiro na patética cena contra a Coreia, alegando falta de postura.
5 – A ordem dos fatores poderia alterar o produto
Na decisão dos pênalis contra a Croácia, assim que o Brasil perdeu a segunda chance de converter o gol, caberia ao técnico antecipar a cobrança de Neymar, que seria o quinto a bater. Quando pensou nisso já era tarde e o Brasil viu Marquinhos desperdiçar e o camisa 10 sequer teve a chance de marcar.
6 – Inocentes na prorrogação
Se o Brasil marcou um gol ao fim do primeiro tempo da prorrogação contra a Croácia, que em 105 minutos jogados quase nâo tinha finalizado, teria de ter reforçado o sistema defensivo e esquecer de atacar. É muita inocência!!!!
7 – Out nos melhores
Vinícius Júnior e Richarlison são tidos como os melhores atacantes do Brasil, mas foram sacados por Tite no decorrer deste jogo pelas quartas.