O Brasil perdeu dentro e fora de campo, nesta sexta-feira, 09 de dezembro de 2022. O dia começou cheio de expectativas, mas terminou com frustrações no futebol, na política e na economia.
O país foi desclassificado da Copa do Mundo em jogo contra a Croácia, adiando o sonho do hexa. Após um empate por 1 a 1 na prorrogação, a seleção perdeu nos pênaltis para o time adversário e volta para a casa mais cedo.
O destaque foi para o craque Neymar, que brilhou ao fazer o gol brasileiro e se igualar ao Rei Pelé com 77 gols pela seleção, o que não foi suficiente para a vitória.
Abalado emocionalmente com o empate na prorrogação, o time foi péssimo nos pênaltis, com gols perdidos de Marquinhos e Rodrygo. Nota zero para o técnico, Tite, pela condução? do time.
O Brasil, agora, volta à sua realidade.
Sem copa, a política reina.
O presidente eleito, Lula da Silva, escolheu a sexta-feira de jogo da seleção para anunciar Fernando Haddad como ministro da economia. A coletiva ocorreu uma hora antes do jogo da seleção brasileira, o que para alguns analistas teve por objetivo diminuir os impactos negativos do anúncio.
A escolha não agrada ao mercado nem aos economistas mais sérios do país, que esperavam responsabilidade fiscal do novo governo, com um nome mais técnico na política econômica. Sem responsabilidade fiscal, não há responsabilidade social.
O ex-prefeito de São Paulo não tem largo histórico e currículo na área econômica (já tendo dito isso de viva voz, apesar do posterior Mestrado na área) e suas declarações recentes também deixaram o mercado nervoso e apreensivo. Tudo isso no contexto da aprovação de uma PEC bilionária (cadê as contrapartidas?) para bancar gastos do futuro governo.
Sem negros ou mulheres entre os primeiros indicados, a lista também não agrada a esquerda mais ortodoxa. A relação conta com Flavio Dino no Ministério da Justiça; José Múcio Monteiro no Ministério da Defesa, Mauro Vieira no Ministério das Relações Exteriores e Rui Costa na Casa Civil.
A bolsa cai, os juros futuros sobem, o pessimismo chega. Dentro e fora de campo. Sem picanha e sem hexa.
O país do futebol volta à realidade.
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