O ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (22), que falta elementos e dados probatórios para enquadrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com a pena de inelegibilidade por abuso de poder político. Em entrevista à Rádio Arapuan FM, o médico disse acreditar na “Justiça”, mas que eventual condenação seria como um “tiro pela culatra”.
Na avaliação do médico cardiologista, a ação do PDT, baseada em reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, em julho do ano passado, não traz elementos que levem o aliado a perder os direitos políticos por conduta vedada a agentes públicos. Caso a decisão seja pela condenação, na visão dele, a direita pode sair “mais forte” do processo.
“Se, efetivamente, esse tipo de resultado injusto acontecer, nosso segmento político é forte o suficiente, pois o bolsonarismo transcende o próprio Bolsonaro. Se for para tornar Bolsonaro inelegível sem fundamentos, o tiro vai sair pela culatra, porque esse movimento vai ficar mais forte ainda. O presidente formou diversos quadros”, avaliou.
Queiroga citou Tarcísio Freitas, governador de São Paulo, e outros nomes, como possíveis sucessores de Bolsonaro, em caso de inelegibilidade. “Se acontecer essa injustiça, vai se buscar a reparação em outras instâncias, e defender fortemente o que sempre defendemos”, finalizou.
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