O pré-candidato à Presidência da República, Sérgio Moro (Podemos), defendeu em entrevista exibida nesta segunda-feira (10), na TV Arapuan, as políticas adotadas pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta no início da pandemia da Covid-19 no Brasil.
“Eu acompanhei isso de perto, vi os esforços de Mandetta em relação à saúde. Era um período de incertezas”, avaliou. Sérgio Moro disse que, se ele fosse presidente da República, teria mantido o colega à frente do Ministério da Saúde, diferente do que fez o presidente Jair Bolsonaro, que discordou do fechamento da economia.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública reconheceu que medidas de isolamento social provocaram efeitos negativos na economia, o que segundo ele deveriam ter siso sanados com programas de auxílio financeiro e de crédito, como o Auxílio Emergencial. Na avaliação dele, o programa social apresentado ‘não foi perfeito’ e apresentou falhas.
“Não pode, porém, expor a vida das pessoas a um risco, que na época a gente não sabia a dimensão daquele risco. Eu falei, eu tenho testemunhas. Dentro do governo, eu apoiei a posição do então ministro Mandetta”, completou. A entrevista de Moro repercutiu no programa Frente a Frente, conduzido por Luís Torres.
Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro defendia o que chamava de ‘isolamento social vertical’, em que pessoas idosas e com comorbidades ficariam isoladas, enquanto a população em geral continuaria trabalhando. Essa posição, no entanto, era confrontada por declarações de outras autoridades, incluindo Mandetta, que defendia o isolamento social horizontal, isto é, do público em geral, como medida mais eficaz. Estados e municípios chegaram a implementar lockdown para tentar frear o avanço do novo coronavírus.
Agenda Política