Investidores em pânico com possível mudança na Lei das Estatais e retorno de interferência política

Publicado por: Felipe Nunes em

Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O dia da diplomação do presidente eleito, Lula da Silva (PT), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi também de pânico para os investidores, com as incertezas sobre a equipe econômica do futuro governo petista. A bolsa fecha em queda, o dólar sobe e as ações da Petrobrás desabam.

A principal reação diz respeito aos rumores de que o governo eleito fará mudanças na Lei de Estatais, sancionada em 2016 durante o governo Michel Temer. A regra foi criada no pós-operação Lava Jato.

A legislação tenta blindar as empresas de interferências políticas. A lei exige a indicação de uma pessoa técnica com experiência no mercado de petróleo para comandar a Petrobras, por exemplo.

De acordo com as informações de bastidores, o presidente eleito pretende nomear o senador Jean Paul Prates (PT-RN) ou o coordenador do governo de transição Aloizio Mercadante à presidência da Petrobras. As ações preferenciais da estatal chegaram a cair mais de 5%. As ações do Banco do Brasil recuavam 3,89% às 12h30.

A Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), chegou a cair 3,39) em meio aos rumores de mudanças ou revogação da Lei das Estatais. A cotação do dólar comercial, por sua vez, subia 1,78%, aos R$ 5,34.

O índice chegou a 103.877 pontos na mínima do dia. Esse é o menor patamar desde agosto de 2022. O Ibovespa está sendo negociado na contramão dos principais mercados dos Estados Unidos. O Dow Jones tinha alta de 0,52%. O S&P 500 avançava 0,29%.

Agenda Política com informações do Poder360

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