Ex-prefeito de SP é cotado para assumir pasta da economia / Foto: reprodução
O mercado reagiu negativamente, nesta sexta-feira (25), ao discurso do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que é cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista palestrou em evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), representando o presidente eleito.
Haddad disse que fala, nesse momento, em nome de Lula. Em relação ao teto de gastos, visto como mecanismo essencial para conter o avanço indiscriminado das despesas, o petista afirmou que a iniciativa não conseguiu frear a piora das despesas públicas. Ele, no entanto, não apresentou propostas que garantam a responsabilidade fiscal do futuro governo.
A frustração do mercado também é justificada pela 4ª semana seguida que o governo eleito não disse quem fará parte da equipe econômica. Por enquanto, além de Haddad na Fazenda, o economista Pérsio Arida, um dos criadores do Plano Real e ex-presidente do BNDES, pode assumir o Ministério do Planejamento.
A priori, a única certeza que se tem sobre a economia, no que tange ao futuro governo, é a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir um “furo” de quase R$ 200 bilhões para bancar promessas de campanha de Lula.
Reação do Mercado
O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou aos 108.976 pontos nesta sexta-feira (25), registrando queda de 2,55% no último pregão em reação ao discurso de Haddad. Já o dólar teve alta de 1,89%, aos R$ 5,41. Os juros futuros fecharam em alta na B3. Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 aumentaram de 13,65% para 13,90%.
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