O Governo Lula anunciou nesta segunda-feira (27), em comunicado do Ministério da Fazenda, a volta do imposto sobre os combustíveis. Com isso, o preço da gasolina e do álcool podem aumentar nos próximos dias, se refletindo no bolso do consumidor.
Segundo o Ministério da Fazenda, o objetivo é arrecadar R$ 28,8 bilhões neste ano, valor anunciado pelo ministro Fernando Haddad em pacote fiscal em janeiro. A princípio, a pasta não explicou qual será o percentual de reajuste e nem o valor em reais por litro de cada combustível.
De acordo com o G1, a decisão foi comunicada após reunião na manhã desta quinta no Palácio do Planalto entre o presidente Lula da Silva (PT) e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Haddad (Fazenda), além do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Outro encontro sobre o assunto deve acontecer ainda hoje.
Reflexos na economia
O ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), o economista Eirk Figueiredo, disse por meio das redes sociais, que a reoneração dos combustíveis deverá recair sobre os mais pobres, se refletindo no custo de vida das pessoas com o aumento da inflação.
A desoneração dos combustíveis, iniciada ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrubou o preço da gasolina e do álcool e, consequentemente, da inflação. Mas ala econômica do atual governo defende a reoneração como uma forma de aumentar a arrecadação.
De acordo com cálculos do economista paraibano, o retorno da cobrança dos impostos federais sobre os combustíveis deve encarecer o abastecimento de um carro em R$ 28. Segundo ele, um motorista que usa 4 tanques por mês, arcará com uma despesa adicional de R$ 112, valor 6 vezes superior ao aumento do salário mínimo, apenas R$ 18.
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