
O senador Efraim Filho, líder do União Brasil e pré-candidato ao governo do Estado nas eleições de 2022, ressaltou, ontem, ter convicção sobre suas chances de crescimento na disputa majoritária do próximo ano, apesar de estar figurando em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto realizadas em 2025, que projetaram o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB) na liderança e o vice-governador Lucas Ribeiro, do Progressistas, no segundo lugar.
Numa entrevista à rádio Arapuan, o parlamentar declarou que é o único pré-candidato com agenda de mudança da realidade estadual no que diz respeito ao incremento do desenvolvimento econômico e social, com mais geração de empregos, e, também, quanto a problemas recorrentes como o da Segurança Pública. Ele disse que está fazendo um debate em torno de propostas, diferentemente dos concorrentes.
Considera que Lucas e Cícero são remanescentes do modelo de gestão implementado pelo governo João Azevêdo, que ele critica, lembrando que o prefeito da Capital até pouco tempo foi aliado do chefe do Executivo estadual e chegou a dar declarações com sinalização de voto na pré-candidatura dele ao Senado.
Efraim, que é assumidamente bolsonarista, deixou claro que seu projeto de candidatura independe do desfecho sobre o controle, na Paraíba, da federação formada a nível nacional pelo União Brasil e pelo Progressistas. A respeito da polêmica sobre a federação, teoriza que até março deverá haver uma definição sobre os rumos que ela tomará, inclusive, sobre candidatura à presidência da República, ou seja, se terá candidatura própria ou fará aliança com o senador Flávio Bolsonaro, do PL.
Pessoalmente, Efraim converge para Flávio Bolsonaro, com a ressalva de que foi uma indicação pessoal feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
O parlamentar não esconde o desconforto experimentado com a divisão reinante no União Brasil, onde uma corrente de deputados federais hipoteca apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e outra facção identifica-se com a oposição a Lula. Reconhece que o desconforto vale tanto para ele como para o vice-governador Lucas Ribeiro, seu adversário na disputa de 2026 ao Executivo, dadas as divergências que o separam no metro quadrado da política paraibana e explica que a situação decorreu de uma decisão nacional das cúpulas dos dois partidos que cogitaram federar-se para dispor de maior poder de pressão no Parlamento sem levar em conta as peculiaridades dos conflitos regionais.
Mas não rechaça propriamente a ideia da federação e opina que quem perder o controle terá, naturalmente, que migrar para outro partido se quiser levar adiante projetos ou pretensões pessoais. No seu caso, admite ter recebido convites do PL e menciona como excelente o seu entrosamento com expoentes locais da legenda, a partir do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que deverá ser candidato a senador na sua chapa.
Na entrevista, Efraim Filho relembrou episódios da campanha eleitoral de 2022 quando se projetou ao abrir mão do conforto de uma parente reeleição à Câmara para concorrer ao Senado, num páreo que contou com nomes de peso como o do ex-governador Ricardo Coutinho e o da ex-deputada Pollyanna Werton, que saíram derrotados.
Recapitulou que seu projeto, que tomou força ao romper com o esquema liderado pelo governador João Azevêdo, foi encarado com ceticismo e até com ironia por parte de segmentos políticos e da imprensa no Estado, mas no íntimo sentia estar no caminho certo, adotando estratégias inteligentes de articulação e de discurso para se firmar e ganhar competitividade.
Ele protagonizou, de fato, uma espécie de façanha ao manter intacto o apoio do Republicanos à sua candidatura, apesar do compromisso desse partido com João Azevêdo ao governo. A aliança havia sido costurada quando Efraim ainda estava na base oficial e envolveu como moeda de troca a transferência de votos de redutos importantes seus como deputado federal para postulantes do Republicanos. O pacto deu certo mas tinha prazo de validade, restrito àquela eleição.
O senador avalia que, hoje, está cada vez mais maduro e experiente, sem perder de vista o empenho e a obstinação na consecução dos seus projetos políticos pessoais que, nas suas falas, estão ligados ao interesse de contribuir para o desenvolvimento e soluções que beneficiem o povo paraibano.
A divisão no União Brasil entre alas governista e oposicionista alijou Efraim do processo de escolha do novo ministro do Turismo, o paraibano Gustavo Feliciano, filho do deputado federal Damião Feliciano, que é do União Brasil. O grande padrinho da escolha de Gustavo acabou sendo o deputado Hugo Motta, presidente da Câmara.
Efraim desejou sorte ao paraibano ministro, mas ressaltou que continua firme na oposição e irreversível nesse posicionamento.
Ele concluiu voltando a prever que haverá uma debandada de prefeitos aliados do governo estadual para a oposição em 2026, garantindo haver insatisfações latentes cada vez maiores, e confirmou que espera ser beneficiário de muitas adesões, reforçando o seu plano de voo para tentar chegar ao Palácio da Redenção. E informou que continua dialogando com o grupo Cunha Lima para ter o seu apoio na campanha vindoura.
Fonte: Nonato Guedes
Créditos: Polêmica Paraíba
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