Dinheiro, Real Moeda brasileira / Foto: José Cruz/Agência Brasil
A economia brasileira continua “despiorando”, segundo os índices oficiais mais recentes. Nesta terça-feira (09), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de julho com deflação de 0,68%, a menor taxa da série histórica, iniciada em 1980. No acumulado do ano, a inflação oficial está em 4,77% e em 12 meses ficou em 10,07%.
O resultado do mês foi influenciado principalmente pelo grupo dos Transportes que teve a queda mais intensa (-4,51%), e contribuiu com o maior impacto negativo (-1,00 ponto percentual) no índice de julho. Além disso, também houve recuo nos preços do grupo Habitação (-1,05%), com impacto de -0,16 p.p.
Segundo o IBGE, a maior variação positiva, por sua vez, veio de Alimentação e bebidas (1,30%), que acelerou em relação a junho (0,80%), contribuindo com 0,28 p.p. Vestuário (0,58%) e Saúde e cuidados pessoais (0,49%) seguiram movimento inverso, desacelerando em relação ao mês anterior (quando registraram 1,67% e 1,24%, respectivamente).
Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 1,13% de Despesas pessoais, segunda maior variação positiva em julho.
Transportes
A queda de 4,51% no grupo dos Transportes deve-se, principalmente, à redução no preço dos combustíveis (-14,15%). O preço da gasolina caiu 15,48% e o do etanol recuou 11,38%. A gasolina, individualmente, contribuiu com o impacto negativo mais intenso entre os 377 subitens que compõem IPCA, com -1,04 p.p. Além disso, também foi registrada queda no preço do gás veicular, com -5,67%. O único combustível com alta em julho foi o óleo diesel (4,59%), cujo resultado ficou acima do mês anterior (3,82%).
Alimentação
No grupo Alimentação e bebidas (1,30%), porém, houve aumento de 0,63% em junho para 1,47% em julho. O maior impacto positivo no índice do mês (0,22 p.p.) veio do leite longa vida (25,46%), cujos preços já haviam subido 10,72% no mês anterior. Além disso, os preços de alguns derivados, como o queijo (5,28%), a manteiga (5,75%) e o leite condensado (6,66%) também subiram, contribuindo para o resultado observado no mês. Outro destaque foram as frutas, com alta de 4,40% e impacto de 0,04 p.p. no IPCA de julho.
No lado das quedas, os maiores recuos de preços vieram do tomate (-23,68%), da batata-inglesa (-16,62%) e da cenoura (-15,34%), que contribuíram conjuntamente com -0,12 p.p.
A alimentação fora do domicílio (0,82%) desacelerou em relação a junho (1,26%), em virtude das altas menos intensas do lanche (1,32%) e da refeição (0,53%). No mês anterior, as variações dos dois subitens haviam sido de 2,21% e 0,95%, respectivamente.
Com Agência IBGE
