Cotado como vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva para as eleições de 2022, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (12) que fica honrado com a lembrança de seu nome para compor a chapa petista. Ele classificou Lula como alguém que tem apreço pela democracia.
Alckmin, no entanto, nem sempre pensou assim. Em 2018, quando concorreu à Presidência da República contra Fernando Haddad, o tucano acusou o PT de ser comandado de dentro de um presídio, em alusão a Lula, que na época se encontrava preso após ter sido condenado na Operação Lava-Jato. Na ocasião, disse que a legenda atentava contra as instituições.
“Caro Fernando Haddad, não é o meu partido que é comandado de dentro de um presídio. Nem minha campanha foi lançada na porta de penitenciária. Em São Paulo, bandido pega cana dura. Nós construímos 99 novos presídios e reduzimos a criminalidade”, disse em uma rede social.
Já em um debate na TV Aparecida, emissora católica, ele foi ainda mais enfático nas críticas contra Lula, Dilma, Haddad e o PT. “Todos deveriam fazer auto-crítica, mas o PT ao invés de fazer isso, lança candidatura na porta de penitenciária e tenta desmoralizar as instituições brasileiras”, lembrou na época.
Para quem conhece o histórico de alianças políticas brasileiras, aliás, absolutamente nada é de se admirar.
Em outras palavras, emprestadas da Ciência Política, o há mesmo é um grande Teatro das Tesouras, com o objetivo único de se chegar ao poder.
Na prática, Alckmin e Lula representam duas correntes, mas com mesmos objetivos. No caso em tela, não se trata de cordialidade política, que deve existir, mas de oportunismo, fisiologismo e nenhum compromisso com convicções claras.
O eleitor é apenas um instrumento a ser enganado e utilizado na próxima eleição.
VEJA VÍDEO: