O clima de polarização política que divide o país entre conservadores e progressistas não é novidade, mas sua acentuação tomou conta de todos os espaços, públicos, privados e principalmente dos ambientes políticos. Nesta quarta-feira (16), até a sessão em homenagem às mulheres realizada pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) sofreu os reflexos dessa divisão social.
O primeiro momento da sessão, presidido pela vereadora Eliza Virgínia (PP), a única mulher eleita em 2020 para o legislativo municipal, foi reservado para uma homenagem a mulheres empreendedoras e do campo conservador. Na ocasião, Eliza fez críticas ao movimento feminista.
Foram convidadas presidentes de ONGs, diretoras de creches e profissionais liberais que segundo Eliza se destacam em suas atividades profissionais. “As mulheres devem estar onde se sentem bem, sabendo que as escolhas que elas fazem é que irão ditar as consequências do que elas irão passar”, afirmou Virgínia na ocasião.
Dentre elas, a jornalista Nena Martins e secretária de políticas públicas para as mulheres da Prefeitura de João Pessoa; a presidente da Associação Comercial da Paraíba, Melca Farias, a ex-vereadora Helena Holanda e a presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba, Valéria Rocha.
Mulheres progressistas
Em um segundo momento, já sem a presença de Eliza, a homenagem foi presidida pelo vereador Marcos Henriques (PT), que realizou a entrega dos Diplomas Ednalva Bezerra a mulheres de representatividade no meio progressista estadual. “Ednalva foi sindicalista e filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de feminista, e é através das lutas de mulheres como ela que devemos realizar moções como essa”, disse o vereador.
O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) participou da homenagem. Receberam o diploma nomes como Amanda Rodrigues (empresária); Priscila de Alencar (secretária estadual das mulheres do PT); Vilma Mendonça (professora doutora de Literatura da UFPB), Lígia Pedrosa (economista e assessora parlamentar), Ednalva Bezerra, Laurecy Penaforte (uma das fundadoras do Centro Márcia Barbosa e diretora do SINTEP) e Odaci de Oliveira Santos (moradora e militante da comunidade Porto do Capim).
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