O deputado estadual e candidato à Prefeitura de Cabedelo, Wallber Virgolino (PL), repercutiu os desdobramentos da Operação Território Livre, deflagrada pela Polícia Federal no Bairro São José, em João Pessoa, na manhã da última terça-feira (10). Durante conversa com o jornalista Anderson Costa, Wallber falou sobre o posicionamento assumido pelos três candidatos de oposição à Prefeitura de João Pessoa, Marcelo Queiroga (PL), Ruy Carneiro (Podemos e Luciano Cartaxo (PT), de cobrarem a presença de tropas federais na cidade e pedirem a quebra do sigilo das investigações. O parlamentar também falou sobre a realidade da cidade portuária, onde diz que a população sofre um aliciamento do tráfico muito mais intenso que na Capital.
“A gente está enquadrando as autoridades, está na hora dessas pessoas mostrarem para o que vieram, estamos nos unindo hoje para cobrar providências, pois são ameaças de morte, são pessoas impedidas de pedirem voto, são territórios fechados para o benefício de candidatos”, afirmou Wallber.
Segundo o candidato, a ação pública, apesar do discurso do poder público que garante a condução de investigações para apurar as diversas denúncias de influência do crime organizado na campanha, é muito baixa. Wallber cobrou que o sigilo das investigações caia antes mesmo do fim das eleições.
Cabedelo
“Na verdade, Cabedelo vive uma realidade pior que a de João Pessoa, é uma cidade menor e mais violenta, mas se formos ao pé da letra a Paraíba virou um narcoestado, onde o tráfico de drogas associado a políticos corruptos está dominando”, afirmou o candidato.
Wallber voltou a criticar a ação do governo João Azevêdo através da figura do secretário de Segurança, Jean Nunes, no combate a este tipo de denúncia. Segundo o deputado estadual, o poder público segue paralisado e inerte diante do fortalecimento dos grupos criminosos que buscam comandar o tráfico de drogas nestas regiões periféricas.
“Já temos prefeitos que não eram ligados ao crime e foram cooptados pelo crime e agindo em benefício do crime, temos vereadores, deputados e autoridades de todos os poderes que entraram com propósitos e do meio para o fim se aproximaram de criminosos e hoje trabalham mais para fortalecer o crime do que atender aos interesses públicos”, concluiu.