Considerado o mandante do homicídio contra o ex-prefeito de Bayeux, doutor Expedito Pereira, o sobrinho neto do político admitiu ter assinado cheques em nome do político mas negou ter participado do crime. Ele prestou depoimento na tarde nesta quinta-feira (07), no julgamento popular dos acusados do crime. “Sou um bode expiatório”, disse.
Conforme a denúncia apresentada à Justiça, José Ricardo Alves foi acusado de ter arquitetado o crime, e Leon Nascimento dos Santos, de ter sido o executor. Também foi acusado pelo MP, Gean Carlos da Silva Nascimento, que está foragido.
Questionado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), José Ricardo Alves confessou, no entanto, que assinou cheques no nome do ex-prefeito, com o objetivo de adquirir recursos para a campanha eleitoral de 2020, quando foi candidato a vereador.
Ricardo Pereira disse que entregou os cheques a um agiota com o objetivo de ‘garantir’ um empréstimo de R$ 10 mil. “Eu rubriquei o cheque da conta dele, não estou fugindo do que falei”, confessou. “Não foi para pagar contas ou dívidas, foi para pegar o dinheiro emprestado”, disse.
Expedito Pereira foi assassinado em dezembro de 2020 quando caminhava por uma calçada no bairro de Manaíra, em João Pessoa, onde residia. Conforme as investigações, o crime aconteceu a mando do sobrinho dele, com a ajuda de auxiliares. “Tenho consciência, não mandei mandar meu tio. Estou sendo vítima de inveja, de ciúmes. Eu sou bode expiatório”, disse.
A audiência
Antes de Ricardo, foi ouvido Leon Nascimento dos Santos, o suspeito de ser o ‘executor’ do crime. No depoimento, ele disse que se arrependeu de ter cometido o crime e que foi “covarde” ao tirar “a vida de uma pessoa íntegra”. Ele disse também que cometeu o crime por ter sido “influenciado por amigos”. “Fui covarde, me levei pela influência dos amigos”. “Caso eu não fizesse isso [o assassinato], a minha vida estava em risco”, reafirmou.
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