O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT), explicou nesta quarta-feira (5) quais são as razões que motivaram a sua decisão de apoiar a pré-candidatura do deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) à Prefeitura de João Pessoa para as eleições deste ano. Durante entrevista concedida à Rádio CBN de João Pessoa, o ex-gestor falou sobre a lógica por detrás da aliança firmada entre ele e o ex-adversário político.
Ricardo confirmou que tem atuado para que o Partido dos Trabalhadores de João Pessoa tenha Cartaxo como candidato e afirmou que, apesar de divergências políticas anteriores, vê que o deputado “tem chances de ganhar” as eleições.
Coutinho também indicou que as eleições João Pessoa neste ano permitirão que “duas formas bastante diferentes de governar” sejam discutidas pelo eleitorado da Capital. O ex-governador defendeu que todos devem ter a chance de fazerem melhor do que já tenham desempenhado enquanto gestores do Poder Executivo, “Isso serve para mim, serve para qualquer pessoa e serve para Luciano”, definiu.
Cida Ramos
Ao ser questionado por que não teria declarado apoio à deputada Cida Ramos em sua pré-candidatura, Ricardo afirmou que busca analisar o cenário para além de uma questão interna do PT da Capital e que entende que Luciano tem mais força para a disputa contra o prefeito Cícero Lucena e outros adversários cujas candidaturas serão confirmadas.
“Eu estou olhando para fora do partido, a disputa para prefeito se dá para fora do partido. Eu não estou priorizando uma disputa interna. Eu quero que o PT acumule[vitórias], principalmente nas capitais, visando a reeleição do presidente Lula”, afirmou.
Federação
“A roda grande não pode rodar dentro da roda menor. Essa posição já é bastante conhecida e o argumento é totalmente frágil. Que polarização é essa entra Cícero e Queiroga? Que conversa é essa? Não existe”, afirmou Ricardo ao rejeitar o argumento apresentado por lideranças do PC do B e do PV, partidos que integram federação partidária com o PT para declarar apoio ao projeto do Prefeito Cícero Lucena à reeleição.