O presidente do Diretório Estadual PT, Jackson Macedo, criticou nesta sexta-feira (27), em entrevista à Rádio Arapuan FM, a indicação feita pelo partido União Brasil para a Superintendência da Empresa de Correios e Telégrados na Paraíba, Jackson Silva. O incômodo foi ocasionado por um suposto apoio do novo dirigente ao ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL).
Apesar de confirmado pelo presidente do PT e por outras lideranças, o nome de Jackson Silva ainda não saiu no Diário Oficial da União (DOU).
Em participação no programa Arapuan Verdade, Macêdo explicou que a contestação do PT à indicação não é ao senador eleito Efraim Filho (União), que segundo ele teria participado da indicação, mas sim uma oposição ao perfil do novo superintendente. Jackson Silva é um servidor público federal de carreira dos Correios e atualmente responde pela gerência regional de Campina Grande.
Nas redes sociais, há fotos de Silva demonstrando apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que causou a irritação de funcionários de esquerda e partidários do presidente Lula da Silva (PT). “É importante a ampliação da base de Lula, e ter com a gente parlamentares que votaram em Bolsonaro é importante, pois vão ajudar a governar e ter a prerrogativa de indicar nomes, mas tem que ter um filtro para essas indicações de cargos”, opinou Macêdo.
O presidente estadual do PT reforçou que não há problemas em ter na base de Lula nomes de parlamentares que votaram em Bolsonaro para ajudar na governabilidade de Lula, desde que haja “coerência” com a linha petista de governar. “Não podemos aceitar que bolsonaristas de proa participem desse governo, pois isso é uma contradição. Não podemos aceitar que não haja uma um filtro”, acrescentou.
O que diz Efraim Filho?
Procurado pela reportagem do Arapuan Verdade, o senador eleito Efraim Filho negou que a nomeação de Jackson Silva seja de sua responsabilidade. Segundo o parlamentar, trata-se de uma indicação técnica do Ministério das Comunicações feita pelo partido dele, o União Brasil. Perguntado se foi o parlamentar quem fez a indicação ao governo Lula, Efraim reforçou que a indicação não é dele, mas do partido. O ainda deputado federal lembrou que o Ministério das Comunicações foi “entregue” ao União Brasil pelo presidente da República, Lula, para indicações nos estados.
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