Ex-diretor da PRF, Silvanei Vasques e prefeito Charles Camaraense / Foto: reprodução
O prefeito de Cuité, Charles Camaranse, disse nesta quarta-feira (21), em entrevista ao Sistema Arapuan, que vai processar o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 08 de janeiro (CPMI), ontem, chamou o gestor paraibano de mentiroso.
No depoimento à CMPI, o PRF negou que o órgão direcionou ações na Região Nordeste para atrapalhar as eleições presidenciais de 2022, como denunciou Charles Camaraense em vídeo no dia do segundo turno das eleições presidenciais. Segundo ele, na verdade no Nordeste se concentram 9 superintendências, com a a maior estrutura da PRF no Brasil e a maior quantidade de unidades da PRF.
Vasques justificou as ações porque o local concentra a maior quantidade de acidentes com vítimas nos estados e o maior número de crimes eleitorais.
Ao abordar o assunto, ele disse que informações falsas foram espalhadas por um colega de farda, simpatizante do PT, e chamou de mentiroso o prefeito de Cuité. Ele também anunciou um processo contra o prefeito.
“O prefeito de Cuité mentiu descaradamente e já foi processado, inclusive fez campanha política, o que é crime, no local onde os policiais ficaram por 39 minutos. Mentiu descaradamente esse cidadão”, disse o policial.
Em resposta, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, o prefeito Charles Camaraense se colocou à disposição da CPI, reafirmou as acusações à PRF e disse que é ele quem vai processar o ex-diretor.
“Não foi só o meu vídeo que registrou a blitz, pois vários cidadãos postaram nas redes sociais. Mas nosso vídeo deflagrou uma onda de denúncias em todo o Brasil. Quem está mentindo é o senhor, pois houve uma operação orquestrada para prejudicar as eleições”, comentou.
No depoimento que deu à CPI, Silvanei ainda afirmou que “no Nordeste é onde, infelizmente nas últimas cinco eleições, foram feitas as maiores quantidades de prisões acerca de crimes eleitorais”, disse. Segundo o ex-policial, a PRF registrou 900 multas no período das eleições na Região Nordeste e junto com a Região Norte concentrou a menor taxa de fiscalização do país.
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