Polarização vai dominar eleições na Paraíba em 2024 e 2026 – Por Ytalo Kubitschek

Publicado por: A redação em

Hoje vou falar sobre um tema de suma importância para a definição da conjuntura política que sairá das eleições municipais deste ano, em toda a Paraíba, e que norteará o quadro eleitoral de 2026: a polarização.

A polarização política é um fenômeno que ocorre quando os dois principais candidatos atingem 90% dos votos, a exemplo do que ocorreu com Lula (PT) e Bolsonaro (PL) em 2022. É uma torrente devastadora que centraliza o debate político em apenas duas forças antagônicas.

A gente já vislumbra esse fenômeno na quase totalidade dos municípios da Paraíba, com exceção do quadro pulverizado na Capital, onde mesmo com o favoritismo do atual prefeito Cícero Lucena (PP), a eleição se projeta imprevisível na semi-final, que terá provavelmente Ruy Carneiro (Podemos), Marcelo Queiroga (PL) e Luciano Cartaxo (PT), antes da finalíssima no segundo turno.

Na região metropolitana de João Pessoa, as polarizações estão claras. Em Santa Rita: Jackson Alvino (PP) x Nilvan Ferreira (REP). Em Bayeux: Tacyana Leitão (PSB) x Sara Cabral (MDB). Em Cabedelo: André Coutinho (AVA) x Wallber Virgolino (PL).

Em Campina Grande, segundo maior colégio eleitoral da Paraíba, o embate deverá ser entre criatura e criador, com uma disputa fratricida entre o atual prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) e o ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos).

Nos demais grandes colégios eleitorais, a lógica deve se repetir. Em Patos: Nabor Wanderley (REP) x Priscilla Lima (MDB). Em Sousa: Helder Carvalho (PSB) x Gilberto Sarmento (União Brasil). Em Cajazeiras: Socorro Delfino (PP) x Chico Mendes (PSB). Em Guarabira: Léa Toscano (União Brasil) x Raniery Paulino (REP). Terceira via, se houver, não passará dos 10% em todas essas cidades.

Existe um fator que acentua o processo de polarização, que é a negação do adversário. Tomando como base o exemplo nacional, uma parcela do eleitorado votou em Lula somente por rejeição a Bolsonaro enquanto outra votou em Bolsonaro somente por rejeição a Lula.

Eis uma gangorra difícil de ser desmanchada, tanto no Brasil, quanto nas cidades paraibanas. A propósito, em 2026, Pedro Cunha Lima (PSDB), com apoio dos senadores Efraim Filho (União Brasil) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB), deverá ser o candidato das oposições ao governo para a revanche contra o nome apoiado pelo atual governador João Azevedo (PSB), em novo embate alucinante que se desenha agora. Culpa da polarização.

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