A defesa do Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, ingressou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (22), pedindo a anulação dos votos de 279 mil urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições, por supostas falhas no LOG – arquivo que registra todas as atividades durante o funcionamento da urna.
Na prática, o pedido de Bolsonaro invalida votos de 59,2% do total de urnas eletrônicas usadas na votação deste ano pela Justiça Eleitoral, dos modelos de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015.
A auditoria, realizada pelo instituto “Voto Legal”, cita “problemas insanáveis de funcionamento, com destaque à gravíssima falha na individualização de cada arquivo LOG de urna e sua repercussão nas etapas posteriores, tais como o Registro Digital do Voto (RDV) e a emissão do Boletim de Urna (BU), e, consequentemente, na ausência de certeza quanto à autenticidade do resultado da votação”.
De acordo com a ação, nas urnas de modelo de 2020, que representam metade dos equipamentos e que têm LOGs individuais, o presidente Jair Bolsonaro “venceu” o pleito com 51,05% dos votos na disputa com Lula. “Os únicos votos que podem ser idoneamente considerados como válidos, porquanto auditáveis e fiscalizáveis, na eleição geral referente ao Segundo Turno do pleito eleitoral de 2022 são aqueles decorrentes das urnas modelo UE2020”, argumenta o partido no documento protocolado”, considerou.
“O que se busca evidenciar com este resultado empírico extraído das urnas eletrônicas do modelo UE2020 (repita-se, distribuídas uniformemente pelo país pela própria Justiça eleitoral), a partir de elementos de auditoria válida e que atestam a autenticidade do resultado eleitoral com a certeza necessária — na concepção do próprio Tribunal Superior Eleitoral — é que os votos válidos e auditáveis do Segundo Turno do pleito eleitoral de 2022 atestam resultado diferente daquele que anunciado por esse Tribunal Superior Eleitoral no dia 30/10/2022, conferindo posição preferencial de 51,05% da população ao Presidente Jair Bolsonaro“, diz o documento em outro trecho.
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