
Em novembro de 1958, dentro da programação Natal dos Pobres, três artistas de primeira grandeza da música popular brasileira se apresentaram aos pessoenses num concorrido Jantar Dançante: Agostinho dos Santos, Ângela Maria e Ivon Cury.
A festa aconteceu em um ambiente social, então de bastante prestígio, de nome Organização das Voluntárias, com endereço na sempre bela Avenida João Machado, o boulevard pessoense, via que mudou a configuração e o panorama urbano da cidade de João Pessoa.
Para registro histórico, a entidade fora fundada em 1953, pela primeira-dama Alice de Almeida, esposa do governador José Américo de Almeida (na época, licenciado ocupando o cargo de ministro da Viação). O organismo visava arregimentar voluntariado para ações sociais em favor dos pobres.
Durante algumas décadas, a Organização das Voluntárias reuniu, destacadamente, mulheres, para atendimento aos oficialmente excluídos do alcance institucional. Lá, então, era onde se reuniam e se organizavam as iniciativas sociais.
Por conta de sua localização, pelo menos enquanto durou o prestígio do Centro de João Pessoa, enquanto local de moradia, a Organização das Voluntárias também serviu como local de festas, no modelo daquela de novembro de 1958, atraindo, conforme o ritmo, tanto a juventude quanto os adultos, já pais de famílias.
Entre outros tipos de eventos sediados pelas Voluntárias, como ficou mais popularmente conhecido o local, havia festas de formaturas que atendiam todas as faixas escolares. Mas também reuniões cívicas ou educacionais envolvendo debates e premiações.
Não creio que seja possível reviver a Organização das Voluntárias com a mesma finalidade original. O que acho, e muita gente acha, também, é que um equipamento guardião de parte da memória social-urbana de João Pessoa não pode continuar condenado ao abandono, como atualmente se encontra.
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