O prefeito de Alagoa Nova, Francinildo Pimentel (PSB), fez um desabafo, nesta quinta-feira (01), sobre a retenção de emendas e repasses constitucionais para municípios paraibanos, que segundo ele deveriam ter sido liberados pelo Governo Federal desde o mês de janeiro. O setor da saúde, de acordo com o gestor, é um dos mais afetados.
“Alguns municípios da Paraíba foram contemplados, mas não foram todos. Ainda falta liberar emendas da saúde, que não chegou nada. Os municípios estão colapsados, e se os valores não chegarem até o próximo mês, não vai dar nem para pagar a folha”, informou em relação à situação de algumas cidades do interior, sobretudo de pequeno porte.
O atraso na liberação dos recursos, por meio de emendas parlamentares, ocorre desde o início do ano, segundo a Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), o que tem afetado o funcionamento de alguns serviços e o pagamento de servidores municipais.
De acordo com a Famup, os prefeitos solicitaram o destravamento das emendas, ainda em março, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, mas o governo reluta em fazer a liberação, que só ocorreu, em partes, em meio a negociações para votações de pautas de interesse da gestão federal no Congresso Nacional.
A última fatia liberada ocorreu na noite desta quarta-feira (31), durante a votação da MP dos Ministérios, que regulamenta a ampliação do número de pastas para 37. Foram liberados R$ 1,7 bilhão. O objetivo, na verdade, foi facilitar a tramitação e a aprovação da matéria.
“Tem prefeito que depende exclusivamente disso, tendo que tirar dinheiro de um canto para colocar em outro, mas muitos municípios vão colapsar, não vão conseguir pagar fornecedores, não vão pagar funcionários. O meu município, por enquanto, está em ordem, mas se continuar assim vai ser prejudicado também”, disse Francinildo.
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