No Twitter, Ricardo Coutinho defende regulação das redes sociais e punição ao Google

Publicado por: Felipe Nunes em

Ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho / Foto: reprodução

O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT), defendeu na noite desta terça-feira (02), por meio de publicação em seu perfil oficial no Twitter, a regulação das redes sociais e uma punição do Poder Judiciário contra o Google. O PL 2630, que se propõe a combater a disseminação de notícias falsas, é o assunto mais comentado na internet.

“É impressionante como se acostumaram a mandar aqui no Brasil durante os anos recentes. Só que, agora, é diferente. É preciso dar exemplo: Regular as Redes Sociais e o Judiciário punir o Google”, disse o petista ao comentar uma publicação do humorista Gregório Duvivier.

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) escute os presidentes das empresas Google, Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram), Spotify e Brasil Paralelo, que em publicações criticaram o projeto por verem risco de censura a conteúdos legítimos.

O PL 2630 recebeu críticas de conservadores e liberais, no campo da direita política, que veem espaço para censura de opiniões divergentes do Governo Federal. Por outro lado, políticos progressistas e artistas se manifestaram a favor do texto, alegando que as redes sociais têm sido palco de disseminação do ódio.

“Não é só sobre fake news. é sobre SOBERANIA. não cabe a uma empresa do vale do silício regular o que pode ser dito aqui”, disse Gregório Duvivier em publicação comentada por Ricardo Coutinho no Twitter.

PL das Fake news

Apresentado no fim da última semana pelo deputado federal Orlando Silva (PC do B), que é o relator da matéria, o Projeto de Lei 2630/20 institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O texto cria medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais, como Facebook e Twitter, e nos serviços de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram, excluindo-se serviços de uso corporativo e e-mail.

Parlamentares contrários ao texto afirmam que ele é “vago” e questionam quem teria autonomia para classificar uma informação como “falsa”. A proposta divulgada pelo relator estabelece obrigações a serem seguidas por redes sociais, aplicativos de mensagens e ferramentas de busca na sinalização e retirada de contas e conteúdos considerados “criminosos”.

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