O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) defendeu nesta quinta-feira (03), em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, a união das oposições ao governador João Azevêdo (PSB) com vistas aos próximos pleitos eleitorais. Na avaliação dele, ‘não é correto todo mundo aderir à estrutura do governo’.
A resposta do tucano ocorre depois de p deputado estadual Tovar Correia Lima ter se encontrado com o governador João Azevêdo, no Palácio da Redenção, para uma discussão envolvendo temas administrativos e políticos.
O gestor estadual, inclusive, chegou a dizer que as portas do Governo do Estado estavam abertas para receber o parlamentar na base de sustentação governista.
O gesto de Tovar é visto como possível movimento que antecede uma aliança do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) com o grupo do governador João Azevêdo. Rodrigues é cortejado pelo Republicanos para disputar as eleições em Campina Grande contra o atual prefeito, Bruno Cunha Lima (PSD).
“Eu acredito na coerência do deputado Tovar, que sempre fez oposição ao governador João Azevêdo na Assembleia, e acredito que ele vai permanecer nesse campo. Temos obrigação de oferecer ao nosso Estado algo melhor. Acredito que a mensagem que fica é que temos obrigação de oferecer uma alternativa”, disse Pedro.
Segundo Pedro, a unidade das oposições deve envolver nomes como Romero Rodrigues e os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Efraim Filho (União), que desde as eleições do ano passado militam nesse campo. No caso do emedebista, a aliança com o prefeito de Campina Grande é o que tem levado Tovar e Romero a abrirem canais com o Governo do Estado.
Apesar dos sinais, Pedro quer a unidade. “Que esse grupo permaneça unido, consciente de que a gente precisa dar à Paraíba uma alternativa. Não posso achar que o correto é todo mundo aderir à estrutura do governo e confio que todos vamos cumprir o seu papel”, completou.
Pedro revelou não ter tido conhecimento prévio do “teor político” da reunião entre Tovar e João Azevêdo e ressaltou que acredita na “coerência” do primo. “O teor político da conversa com João não havia sido dialogado comigo e nãos sei se ele conversou com meu pai sobre isso, mas o importante é estarmos consciente do papel que temos que cumprir. E custo a acreditar que Tovar vai aderir ao Governo João”, enfatizou.
Pedro, por fim, reafirmou a disposição de participar das próximas eleições, seja na condição de candidato ou como apoiador de outras postulações apesar de, segundo ele, ser difícil disputar contra máquinas administrativas. “Cada vez mais na política fica difícil enfrentar uma máquina. Quem acompanhou a eleição do ano passado sabe que perdemos para uma estrutura, não para um candidato. O que acontece é uma cultura que massacra, mas continuo acreditando, continuo com a crença e com o ideal de que, apesar de enfrentar essa máquina, acredito que a verdade e a intenção de oferecer algo diferente vai se sobressair”, finalizou.
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