Ricardo Pina compõe grupop que optou por seguir com Bolsonaro no PL durante cisma da direita na Paraíba – Foto: Reprodução Redes Sociais
Com as recentes divisões vivenciadas na direita paraibana, em que um grupo permaneceu fiel ao PL, partido do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, enquanto outra parcela rompeu junto com o triunvirato de João Pessoa formado pelo pré-candidato Nilvan Ferreira e pelos deputados Cabo gilberto Silva e Wallber Virgolino, há atualmente dois grupos na Capital que buscam demonstrar quem realmente detêm o espólio dos votos bolsonaristas da Capital.
Diante de tudo isto o autor deste blog conversou com membros do PL que permaneceram fiéis às indicações do comando nacional do partido presidido na Paraíba pelo deputado Wellington Roberto e que com o fracasso do evento realizado no último feriado do Dia da Proclamação da República passam a questionar se o trio que ainda busca se apresentar como de seguidores do ex-presidente detém realmente votos em João Pessoa.
Em conversa com o jornalista Anderson Costa, o secretário-geral do diretório da juventude do PL na Paraíba, Ricardo Pina, questionou a disparidade do público presente no evento com a força nas urnas que Cabo Gilberto e seus aliados indicam ter dentro de João Pessoa. “Onde foram parar os mais de 60 mil eleitores do referido parlamentar dentro da capital paraibana? Onde estão os apoiadores do triunvirato, que, por si só, alega ter a maior força eleitoral do Estado?”, argumentou Pina que defende que o trio perdeu sua força política ao optar por não seguir as determinações de Bolsonaro.
De acordo com Ricardo já há um histórico recente de eventos coordenados por membros do triunvirato ou pelo grupo de forma completa e que sofrem com baixa adesão popular. Seriam estes: a marcha contra o aborto realizada no dia 12 de outubro, o evento de lançamento da pré-candidatura de Nilvan Ferreira na sede da Asplan no último dia 6 de novembro e por fim a marcha da última quarta-feira.
Pina, que acusa os membros do grupo de assumirem uma posição de radicalização ao não darem ouvidos para o planejamento político estabelecido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo comando nacional do partido em detrimento do projeto local do próprio triunvirato, afirma que o grupo não goza da força política que afirma ter.
“O deserto de ideias, de ações e de projetos parece estar cobrando o preço. Quem vive reafirmando liderança, no fundo, não é líder de coisa alguma” avalia o membro da juventude do PL, que se apresenta como direita raiz e fiel ao ex-presidente da República.
Questionado com que estaria então os votos da direita na Paraíba, Pina confirmou ao autor deste blog que em sua visão, estes votos não possuem dono além de Jair Bolsonaro e que sem o apoio do ex-presidente nenhum nome, mesmo que detentor de mandato, consegue ter força na rua.
