
Os laudos da necropsia só devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis
O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro identificou 100 dos 121 mortos na Operação Contenção, deflagrada nos nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Todos os corpos passaram pela necropsia, mas os laudos só devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis.
Os corpos de 60 pessoas foram liberados para sepultamento. As informações foram divulgadas por deputados federais e estaduais que fizeram uma diligência no IML da capital na tarde de quinta-feira (30/10).
O governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, anunciou que vai enviar ao Rio de Janeiro 20 peritos criminais da Polícia Federal. Além disso, para garantir mais reforço nos trabalhos de perícia, o Ministério também mobilizará de 10 a 20 peritos da Força Nacional de Segurança Pública para atuar no estado.
Os peritos enviados ao estado apoiarão as forças estaduais de segurança em áreas como análise dos locais de crimes, balística, genética forense para identificação de DNA, medicina legal, exames de balística, necrópsia, identificação de corpos, entre outras.
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro protocolou, na quinta-feira (30/10), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para garantir o acesso com o corpo técnico integrante do Núcleo de Investigação Defensiva (NIDEF) ao Instituto Médico-Legal (IML). O requerimento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes e busca autorização para que o órgão acompanhe as perícias oficiais.
A defensora pública e coordenadora do Núcleo de Investigação Defensiva da DPRJ, Rafaela Garcez, afirmou que a presença do órgão não tem caráter de responsabilização, mas de colaboração e qualificação da perícia.
“O controle que a gente quer é enriquecer a apuração, com o olhar de outros peritos, que podem trazer análises distintas, vez que muitos locais não foram preservados, embora assim exija o STF na ADPF das Favelas. Não se busca responsabilização, mas a melhor qualificação possível. A ideia é somar esforços — afirmou a defensora.

 
																								 
																								 
																								 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		
 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																																		 
																								