O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, elevou o tom contra partidos de esquerda, em coletiva à imprensa em João Pessoa. O paraibano citou o avanço da vacinação e a redução na quantidade de óbitos por Covid-19 desde que assumiu a pasta e criticou legendas que ingressaram contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto atraso na imunização das crianças.
“Disseram que as crianças eram depósitos de vírus, mas elas são o futuro do Brasil, e a elas temos que dedicar toda a atenção, por isso procuro orientar os pais com os melhores conselhos. Fizemos uma discussão ampla e transparente”, afirmou ao defender o debate proposto pelo Governo Federal sobre a imunização da faixa etária de 5 aos 11 anos.
Segundo Queiroga, do ponto de vista prático, “o Brasil vai entregar vacinas exatamente com a mesma tempestividade dos principais países do mundo”. Ele lembrou que a vacina infantil contra a Covid-19 foi aprovada no dia 16 de dezembro e que no dia 23 já havia um parecer favorável do Ministério da Saúde para a inclusão da vacina no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO).
“A discussão foi tão apropriada que esses partidos de esquerda, que nós sabemos, não vou dizer o que eles fazem, mas sim o que não fazem – pois já estiveram lá [no Governo Federal] e nada fizeram. Eles ingressaram com uma ação no STF e o ministro Ricardo Lewandowski tornou sem efeito, perdeu o objeto, por causa da ação forte do Ministério da Saúde. A tese de atraso da vacina é uma narrativa que não tem correlação com os fatos”, disse.
Balanço
Marcelo Queiroga fez um balanço dos 10 meses em que está à frente do Ministério da Saúde, destacando uma “queda expressiva” na quantidade de óbitos por Covid-19. “Nesse período, quando eu assumi o Ministério, a pasta tinha aplicado cerca de 12 milhões de doses, e hoje nós temos 336 milhões de doses de vacinas aplicadas em todo Brasil. Isso é fruto do esforço do Governo Federal, e nós já distribuímos mais de 400 milhões de doses. Somos o 4º país do mundo que mais distribui e aplica doses em sua população”, disse.
Cobranças
Apesar do otimismo demonstrado com o avanço da vacinação na população, Marcelo Queiroga criticou o desempenho de alguns estados na aplicação de doses e citou nominalmente o Estado do Maranhão, governado por Flávio Dino (PC do B), de esquerda e adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O Maranhão é o antepenúltimo na aplicação de vacinas, embora suas autoridades sejam muito falantes. Parem de assinar cartas e apliquem vacinas”, pediu. “Temos que trabalhar contra o inimigo em comum, que é o novo coronavírus e suas variáveis”, complementou durante a ação no Hospital Universitário Lauro Wanderley.
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