Oito dias após a eleição que deu vitória a Lula da Silva (PT) para a Presidência da República, o país ainda não sabe quem será o novo ministro da economia. Embora o futuro governo já articule no Congresso Nacional a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para gastar R$ 200 bilhões fora do orçamento, os detalhes do novo plano econômico são uma incógnita.
As incertezas aumentaram depois que o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (07) não ser candidato a ministro, o que desanimou o mercado. Ele era visto como um nome capaz de dar estabilidade à economia nacional, seguindo a linha da responsabilidade fiscal.
Outros nomes são especulados para o cargo nas mesas de operação, como o do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, o que é recebido com alguma cautela entre os investidores. Haddad é formado em Direito e tem mestrado em Economia e doutorado em Filosofia, mas tem perfil político, alinhado à ala mais ideológica do PT.
Por causa das incertezas na economia, O Ibovespa operou em forte queda nesta segunda-feira (07), destoando do tom positivo no mercado externo. As ações caíram mais de 2% ao longo do dia. O ex-presidente Lula, que se negou a anunciar o nome para a economia do país durante a campanha, não pode continuar adiando uma definição tão necessária e decisiva para o presente e o futuro do país.
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