O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é talvez o maior representante do Partido dos Trabalhadores e da esquerda no Brasil, mas de acordo com o sistema do Tribunal Superior Eleitoral o chefe do Poder Executivo hoje é correligionários do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até o momento a filiação de Lula ao PL ainda é muito nebulosa, e será investigada pela Polícia Federal.
A determinação para que a PF realize a investigação partiu do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Atualmente o que já se sabe sobre a filiação de Lula ao Partido Liberal é que ela foi feita utilizando o login de Daniele Leite e Alencar advogada do partido presidido por Valdemar Costa Neto.
Conforme dados do sistema de filiações do Tribunal, o Filia, Lula permaneceu filiado ao PL por seis meses antes que alguém se desse conta do caso. Na ocasião em que o caso foi descoberto Valdemar chegou a indicar que poderia ser obra de hackers, mas o TSE negou a informação, afirmou que o sistema não sofreu nenhum tipo de ataque e que a movimentação realmente foi feita por alguém usando o acesso disponibilizado ao partido.
Casos semelhantes
Outros casos deste tipo já aconteceram com políticos paraibanos e de outros estados. Um dos primeiros nomes a se notabilizar por ter sido vítima de uma falsa transferência partidária foi a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Já na Paraíba o comunicador Nilvan Ferreira se viu filiado ao PT, apesar de ser crítico ao partido fundado por Lula e fiel defensor de Jair Bolsonaro.
Críticas ao sistema
O presidente estadual do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, criticou o sistema do TSE e afirmou que ele é frágil. O petista também afirmou que o problema está no fato do acesso ser feito apenas através de uma senha e que muitos partidos deixam estas senhas ao acesso de qualquer pessoa, facilitando estes casos de falsas filiações.