A adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pode aumentar em 0,4% o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ao ano. O percentual equivale, em uma perspectiva de PIB de 2021, a R$ 28 bilhões anuais. A perspectiva de crescimento está no estudo “Acessão do Brasil à OCDE: impactos econômicos esperados”, publicado nesta sexta-feira (03) pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o paraibano Erick Alencar de Figueiredo.
A análise destaca que o Brasil é o país não membro da OCDE com maior grau de adesão aos instrumentos normativos e que participa do maior número de comitês da organização. Entre os ganhos esperados com a acessão, estão a elevação do ritmo de crescimento da renda per capita, o avanço nos indicadores de controle da corrupção e da qualidade regulatória e o aumento do investimento estrangeiro direto, em particular dos Greenfield Investments.
A nota destaca um estudo de Otaviano Canuto e Tiago dos Santos, publicado na revista Tempo do Mundo, do Ipea, em que os autores recordam que a entrada de países na União Europeia (UE) propiciou, em regra geral, um aumento de 0,6% a 0,8% no PIB por ano. Os autores projetam, então, que os benefícios da acessão à OCDE para o Brasil seriam aproximadamente a metade do observado, em média, entre os europeus que aderiram à UE, ou 0,4%
Agenda Política com informações do IPEA