Um processo de contratação realizado pela Prefeitura de Princesa Isabel, no sertão da Paraíba, para a aquisição de máscaras descartáveis e kits de testes rápidos, com utilização de recursos federais da área da saúde, foi alvo de uma operação realizada nesta quarta-feira (02) pela Controladoria-Geral da União (CGU) em conjunto com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com as investigações, o pagamento efetuado pela prefeitura foi de R$ 420 mil, dos quais R$ 281.050,00 (67%) representariam o superfaturamento. Os trabalhos foram iniciados a partir de denúncia encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba e, posteriormente, por solicitação da Procuradoria da República em Monteiro (PB), que oficiou a CGU.
Investigações
A partir de levantamento de dados, obtenção de informações junto ao portal eletrônico do TCE-PB, de documentação encaminhada pelo MPF e de outras pesquisas realizadas na Internet, a CGU constatou a ocorrência do sobrepreço e do consequente superfaturamento, causando dano ao erário. Também foram constatadas, nas análises realizadas, a ausência de documentos fiscais referentes à entrada do produto nos estoques da empresa contratada.
Impacto social
Caso confirmadas, as irregularidades praticadas pela Prefeitura e empresa investigadas podem ter impactado negativamente às ações de combate à Covid-19, prejudicando a população do município, já bastante afetada pelos efeitos da pandemia.
Diligências
A Operação Princesa do Sertão consiste no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão na cidade de Princesa Isabel (PB). O trabalho conta com a participação de dois auditores da CGU e de 20 policiais federais.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), informou que mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
Outro lado
Por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Ricardo Pereira negou irregularidades e atribuiu às investigações a uma denúncia da oposição no período eleitoral.
Com informações da CGU