O prefeito de Barra de Santa Rosa, Neto Nepomuceno (União), surpreendeu eleitores e internautas nas redes sociais, nesta quinta-feira (09), ao declarar votos em João Azevêdo (PSB) para o Governo do Estado e em Jair Bolsonaro (PL) para a Presidência da República nas eleições de outubro, contrariando a lógica das polarizações e dos partidos, que dominam a escolha do voto nas eleições estaduais.
A declaração do gestor ocorreu durante ato de apoio ao governador, em cima de um palanque com a foto de João Azevêdo e do candidato ao Senado Efraim Filho (União), que também conta com o apoio do gestor do curimataú. De acordo com o prefeito, a decisão foi baseada em ações administrativas do Estado e do Governo Federal com o município que ele representa.
“Se Barra de Santa Rosa tiver juízo vai acompanhar o conselho que eu dou: votar no mito, votar em Bolsonaro. Vamos mostrar que o Brasil tem jeito”, opinou o gestor, que recebeu vaias e aplausos. “Eu não me rendo a nenhuma vaia”, acrescentou o prefeito, que reafirmou a posição de votar no atual presidente.
Com o anúncio, o prefeito contraria o governador João Azevêdo, que vota em Lula (PT) para presidente, e o próprio partido, que tem Soraya Thronicke como candidata ao Palácio do Planalto.
Parcerias administrativas
Em entrevista ao autor do blog, no programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, o gestor explicou que suas decisões são baseadas na parceria administrativa do estado e do Governo Federal com seu município. “Se temos um governador que é da esquerda e está trabalhando para o bem comum, não vejo problemas em votar, e se tem um presidente que apoia a família, a religião, os princípios, estamos também votando por isso e pelas ajudas do Governo Federal ao nosso município”, acrescentou.
O prefeito de Barra de Santa Rosa também não segue João Azevêdo quando o assunto é a disputa pelo Senado. Ele vota em Efraim Filho, não endossando a candidatura governista de Pollyana Dutra (PSB). A decisão do gestor contraria o que ocorre, em tese, na maioria dos casos, em que prefeitos seguem a lógica da polarização nacional, votando em candidatos à Presidência e ao Governo do Estado que estejam alinhados politicamente.
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