O número que mede desigualdade de renda no Brasil, o índice de Gini, caiu em 2022, para o menor patamar da série histórica, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (11), atingindo a marca de 0,518. Os números refletem os efeitos do Auxílio Brasil e da queda nos índices de desemprego na economia.
De acordo com o IBGE, entre 2021 e 2022, a desigualdade medida pelo Gini diminuiu em todas as regiões, sobretudo no Nordeste (de 0,556 para 0,517) e Sudeste (0,533 para 0,505). Nesta região e também no Centro-Oeste (0,493), os respectivos índices de Gini chegaram aos menores valores da série histórica.
Já o Gini do rendimento médio mensal de todos os trabalhos caiu de 0,499 para 0,486, atingindo seus menores valores, na média do país e em quase todas as regiões.
“A queda brusca dessa razão para o menor patamar da série histórica reflete um pouco tudo que observamos. Muitas pessoas voltaram para o mercado de trabalho, os muito pobres estão recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor, e o 1% mais rico teve uma pequena redução no rendimento”, explicou a analista Alessandra Brito.
A pesquisa mostra que a metade da população com os menores rendimentos recebeu, em média, R$ 537, uma alta de 18,0% em relação a 2021, quando o rendimento dessa metade da população chegou ao menor valor da série histórica: R$ 455.
De 2021 para 2022, o rendimento domiciliar per capita cresceu em quase toda a distribuição, mas principalmente na primeira metade. Já o 1% com os maiores rendimentos teve pequena perda (-0,3%).
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