Com o fim do período para a realização das convenções partidárias, os candidatos que vão disputar as eleições de 2022 já são conhecidos do eleitor brasileiro e agora, aguardam apenas o início da campanha eleitoral, em 15 de agosto, para se engajar na disputa pelo voto. As redes sociais, porém, são uma arena já utilizada há meses para a propagação de ideias e na busca por apoiamentos.
Na Paraíba, essa realidade já pode ser percebida nos perfis dos postulantes ao Governo do Estado, como mostramos na semana passada, e também dos candidatos ao Senado, que passaram a dedicar seus conteúdos à campanha eleitoral que se avizinha, com foco em propostas e na busca pela identificação com seus seguidores.
Embora haja métricas distintas para se avaliar o desempenho desses pré-candidatos, como o engajamento dos seguidores, o alcance de suas publicações, o número de visualizações de vídeos e curtidas em posts, a quantidade de seguidores ainda é um critério interessante para se analisar o tamanho de um perfil e o nível de influência que ele tem sobre a audiência virtual.
Ricardo tem mais seguidores
Com recall de apoiadores de quem já foi ex-governador e com atuação nas redes sociais há bastante tempo, o candidato do PT, Ricardo Coutinho, lidera em número de seguidores nas redes como Twitter, Instagram e Facebook. São 511.955 mil internautas que o acompanham nas três plataformas, sendo as mais populares, o Twitter e o Facebook, com mais de 200 mil seguidores cada. Parte considerável, formada por simpatizantes da época em que Coutinho estava à frente do Poder Executivo Estadual.
Em seguida, o deputado federal Efraim Filho (União) surge com 136.965 seguidores nas redes sociais, sendo a mais popular, o Facebook, com 57 mil seguidores. O instagram do parlamentar tem 51.700 seguidores, seguido do twitter, com pouco mais de 28 mil. Tendo como lema ‘o foguete não da ré’, o parlamentar tem adotado a estratégia do engajamento com apoiadores para aumentar o alcance de suas publicações, sobretudo no Instagram.
O pastor licenciado da Igreja Cidade Viva, Sérgio Queiroz, se destaca no campo da direita no quesito número de seguidores nas redes sociais, mas quando comparado com demais postulantes, aparece em terceiro lugar entre os mais populares. São 68.965 seguidores ao todo, sendo o Instagram a plataforma com mais número de internautas: 59.200, superando Efraim. No Twitter e no Facebook, por outro lado, a quantidade é baixa, com menos de 5 mil.
Recém-confirmada na chapa do governador João Azevêdo (PSB) como candidata ao Senado, a deputada estadual Pollyana Dutra (PSB) tem números mais modestos no quesito quantidade de seguidores nas redes sociais, em relação aos três primeiros colocados. São pouco mais de 38 mil seguidores, com a maior quantidade no Instagram: 27.100. A ex-prefeita de Pombal, que era candidata à reeleição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), está reiventando seu marketing, de última hora, para abraçar o novo desafio eleitoral.
Fechando o grupo com maior número de seguidores, mas na quinta posição, o candidato Bruno Roberto (PL) tem 22.690 mil seguidores nas três plataformas. São 19.200 seguidores no Instagram do empresário, que também possui 3.490 seguidores no Twitter. O candidato tem um perfil pessoal no Facebook, mas não uma página aberta, como outros postulantes ao Senado. Por outro lado, ele tem como 1º suplente Tércio Arnaud, assessor do presidente Jair Bolsonaro (PL), que somente no Twitter possui mais de 61 mil seguidores.
Por último, o candidato do PSOL ao Senado, Alexandre Soares, tem apenas 1.772 seguidores nas redes sociais, sendo 1.664 no Instagram e 108 no Twitter.
Como mostramos na última reportagem, o grande desafio dos candidatos é fazer dos seguidores, já predispostos a apoiá-lo, um efetivo militante digital. Mas para além disso, as redes propiciam a proximidade e um vínculo afetivo que numa campanha de grande proporção estadual seria impossível construir. “O desafio será ampliar o grau de ressonância, o que é vital numa campanha de 45 dias, em que 7 em cada 10 pessoas acessam as redes sociais virtuais diariamente”, lembrou Emilson Garcia, professor de comunicação e Mestre em Ciência da Informação.
Confira os números a seguir
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