Campanha de Bolsonaro diz que Lula teve 730 inserções a mais na Paraíba e 150 mil no Brasil

Publicado por: Felipe Nunes em

Presidente Jair Bolsonaro durante visita a Budapeste Foto: REUTERS/Bernadett Szabo

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou uma denúncia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (24), afirmando que o ex-presidente Lula teve 154.085 inserções de rádio a mais do que o candidato do PL entre os dias 7 e 21 de outubro do segundo turno do pleito eleitoral, de acordo com uma auditoria na programação de emissoras de rádio de todo o país.

Somente na Paraíba, segundo o relatório entregue à Justiça Eleitoral, foram cerca de 730 inserções a menos veiculadas em desfavor de Jair Bolsonaro nas rádios do estado. O relatório foi apresentado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. Segundo ele, a distorção representa 18,24% a menos na quantidade de inserções.

Cada inserção que não foi divulgada tem 30 segundos de duração. Segundo a campanha de Bolsonaro, os materiais que deixaram de ser veiculadas correspondem a 1.283 horas de conteúdos não exibidos. De acordo com a equipe do chefe do Executivo, o Nordeste foi a região com o maior percentual de inserções não divulgadas: 29.160. A Bahia foi o estado mais afetado.

Trecho de relatório mostra exibição de inserções na Paraíba / Foto: reprodução

“Isso é uma grave violação do sistema eleitoral”, afirmou Fábio Faria.

No documento enviado ao TSE, os advogados do presidente apresentam um relatório produzido por uma empresa de auditoria especializada. “Para se ter uma simples compreensão da magnitude dos achados de fraude eleitoral, ora descortinada, em um pequeno espaço amostral de tempo de 7 dias (7 a 14 de outubro), apenas na região Nordeste do Brasil, revelou-se a veiculação de precisamente 12.084 (doze mil e oitenta e quatro) inserções de 30 segundos a maior para a campanha de Lula”, destaca o trecho da denúncia.

Chefe de comunicação da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten disse que a falta de publicação das inserções do presidente é um caso grave e que isso pode interferir no resultado das eleições.“Fomos censurados em transmitir a nossa mensagem. Todas as inserções não divulgadas correspondem a 53 dias de programação ininterrupta de um único veículo. Esse é o tamanho da desigualdade que a campanha do presidente vem sofrendo no segundo turno”, frisou.

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