A última pesquisa PoderData divulgada na quarta-feira (22) aponta que, se o país fosse composto somente por evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o primeiro colocado isolado nas pesquisas de intenção de voto para 2022. Ele teria a preferência de 43% desse público.
O mesmo levantamento mostra que o ex-presidente Lula (PT) ficaria em 2º lugar, pontuando 26% neste segmento, portanto quase 17 pontos a menos que o atual chefe do Poder Executivo. Trata-se de um cenário totalmente diferente do que foi mostrado na semana passada pelo Datafolha.
De acordo com o insituto do grupo Folha, Lula tem 46% das intenções de voto dos protestantes, ante 44% de Bolsonaro, portanto um empate técnico, dentro da margem de erro. O mesmo levantamento disse que os evangélicos consideram Lula como ‘o melhor presidente da história do país’, e Bolsonaro o pior.
O levantamento do Datafolha havia provocado estranheza entre líderes evangélicos, já que Bolsonaro mantém um apoio visível, palpável e substancial no segmento. O grupo segue receoso com a ideia de uma volta da esquerda ao poder. Há uma clara divergência entre partidos de esquerda e as igrejas, por razões que envolvem ideologia e valores.
Na média geral, quando se considera a população como um todo, Lula lidera com 40% das intenções de voto. Bolsonaro fica em 2º lugar, com 30%. Esse número também diverge do Datafolha, que apontou vitória de Lula em primeiro turno.
Em meio a divergência tão drástica entre dois institutos, cabe a pergunta: apenas a metodologia explica tamanha disparidade de leitura e tradução do cenário eleitoral?
Agenda Política com informações de Poder360